sábado, 13 de outubro de 2007

*** A COMPAIXÃO INDISPENSÁVEL

A busca pelo bem-estar é inerente à natureza humana.

O desejo do homem de livrar-se do sofrimento propiciou

notáveis descobertas em todos os setores

do conhececimento.

Analgésicos e anestésicos podem ser citados como

conquistas humanas na procura de bem-estar.

Ar condicionado, colchões ortopédicos e mesmo

a singela água encanada também compõem

o espectro de invenções destinadas a tornar

a vida confortável.

Na busca de conforto e tranqüilidade,

um dia o homem

voltará sua atenção para os problemas morais

que a sociedade enfrenta.

Então compreenderá que o egoísmo é a causa

de todas as desgraças sociais.

Ele é que permite a um homem investir

sobre o patrimônio, a honra e a vida de outro,

qual uma fera selvagem.

O egoísmo é a matriz de todos os vícios.

Quando ele for combatido, todos os seus

desdobramentos,

como vaidade, ganância, maledicência e

corrupção, perderão a força.

A disseminação das idéias espíritas é um

poderoso elemento de combate ao egoísmo.

O Espiritismo deixa claro que todo vício

gera dor e que a Lei de Causa e Efeito rege a vida.

Todo mal feito ao semelhante é

uma semeadura de dor no próprio caminho.

Quem quer ser feliz deve tratar o próximo

com todo o respeito e generosidade

com que desejaria ser tratado.

A vinculação da própria felicidade à felicidade

que se proporciona torna evidente o

quanto é tolo ser egoísta.

Ao buscar seu interesse, em detrimento

ao do próximo, o egoísta apenas se candidata

a vivenciar grandes dores.

Ao se conscientizar da inexorabilidade

da Lei de Causa e Efeito, a Humanidade

reverá seus valores e prioridades.

Entretanto, é preciso reconhecer

que uma idéia nem sempre é fácil

de ser posta em prática.

Provavelmente você já se conscientizou

de que a Justiça Divina é infalível.

Mas ainda titubeia em sua caminhada e

por vezes comete leviandades em

prejuízo do próximo.

Uma boa tática de renovação moral é parar

de apenas pensar e começar a sentir.

Raciocinar é necessário, mas amar

é imprescindível.

O melhor caminho para o genuíno

amor fraterno é a compaixão.

Compaixão é a tristeza que se sente

com a infelicidade alheia.

Mas também é o desejo de livrar o

próximo do sofrimento.

Para desenvolver esse nobre sentimento,

deixe de fugir ao espetáculo das misérias humanas.

Permita-se conviver com os doentes e

os viciados do corpo e da alma,

conforme fez o Cristo.

Faça-se companheiro e amigo

de idosos e enfermos.

Visite asilos, orfanatos, hospitais e presídios.

A título de preservar sua paz,

não cultive a indiferença.

Deixe que seu coração se enterneça

com a dor alheia.

A compaixão impede que um homem

siga satisfeito em meio à tragédia

que devasta a vida do outro.

Ela possui um certo encanto melancólico,

pois nasce ao lado da dor e da desolação.

Contudo, constitui a mais eficiente

forma de cura das ilusões e paixões humanas.

A compaixão desperta as fibras mais íntimas

da alma e a prepara para as experiências

sublimes do devotamento e da caridade.

Não receie sofrer ao se tornar compassivo.

Ao avançar nesse caminho, você logo se

tomará do ideal de aliviar a dor do semelhante

e começará a agir.

Então, a tristeza inicial se converterá no júbilo

de quem amorosamente socorre e ampara

os desprotegidos do mundo.

A alegria de ser útil e bondoso iluminará

sua vida e o acompanhará pela eternidade.

Pense nisso.

Redação do Momento Espírita.

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