terça-feira, 25 de setembro de 2007

*** O tempo: Senhor maior de todas as curas

Ensinam os bons mestres que devemos assistir nossa atuação no mundo como se estivéssemos observando uma peça de teatro. No palco o desenrolar dos nossos papéis onde atuamos como protagonistas das nossas ações e comportamentos. Na platéia nós estamos também, porém sentados assistindo o drama ou a comédia em que atuamos como personagens.

Facilita muito também se a gente for capaz de dialogar mentalmente com o nosso personagem em cena chamando-o pelo nosso nome de batismo e docemente comentar a cena para que ele perceba como está atuando.
Por exemplo:

Você está na sala com seu companheiro e a conversa toma um rumo desagradável onde a "sua você" que controla, cobra e acusa, começando a pôr as manguinhas de fora. Neste momento inicia-se um clima de briga e é nesta hora que a "você que está assistindo à cena" deve pontuar este movimento dizendo mentalmente:


- Olha, a Fulana (diga seu nome) iniciando novamente seu rosário de queixas e cobranças, sem deixar que o outro se defenda ou coloque suas razões.


Com isso a mente leva um susto e pode provocar um profundo movimento de respiração libertando desta forma os elos do padrão repetitivo.

Parece fácil quando a gente lê.

Mas é bem mais complicado quando decidimos praticar este mecanismo que tanto ajuda no controle dos nossos padrões emocionais.


Quando damos conta já falamos e colocamos tudo meio sem pensar, magoamos o outro e só depois é que vamos ponderar os resultados.


Mas se praticarmos esta técnica em todos os momentos do nosso dia-a-dia vamos perceber que o tempo vai nos disciplinando, transformando o que parece tão difícil num hábito.

Outra forma de controlarmos o nível das nossas reações emocionais é tomarmos conhecimento que somos feitos de diferentes partes que são muitas vezes totalmente opostas.


Revelamos muitas vezes a nossa parte angelical nos conselhos que damos aos amigos, mas imediatamente podemos expor nosso lado vingativo desejando que esta ou aquela pessoa suma da nossa vida.


Costumo incentivar estas partes a conversarem entre si ou se perguntarem durante uma reação emocional:


- Qual parte minha está falando assim ou sentindo desta forma?


Identificando a parte fica mais fácil ajudá-la a vencer o problema e resolver a situação.


Mas seja como for uma coisa é certa: o tempo com sua gigantesca sabedoria poderá nos dar cada dia mais lucidez e entendimento.

E fica aqui para você uma outra forma de escaparmos das "borboletas no estômago" todas as vezes que nos defrontamos com situações angustiantes.
Faça a si mesmo(a) esta pergunta:


- O que este fato vai significar na minha vida daqui a quinze dias, um mês ou um ano?

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