terça-feira, 31 de julho de 2007

*** A SUA TAREFA

Deus dotou os Espíritos do princípio de todos os dons.
Entretanto, os criou em estado de simplicidade e ignorância.
Cada um deve desenvolver a própria potencialidade, por seu mérito e esforço.
Nesse processo de aprendizado, a Terra funciona como um educandário.
Os Espíritos que se situam em determinada faixa evolutiva nela encarnam para
terem as experiências de que necessitam.
A vida humana não é feita de acasos.
A família em que se nasce, o meio social em que se vive, certas experiências
marcantes, tudo isso é planejado.
Antes de encarnar, o Espírito é auxiliado a perceber suas dificuldades e se
dispõe a enfrentá-las.
Ele verifica as áreas em que necessita burilar-se e programa a próxima
existência terrena.
Assim, quem se deixou tomar pelo orgulho encaminha-se para uma vida obscura.
Aquele que chafurdou na promiscuidade enfrenta bloqueios e complexos na área
da sexualidade.
O rico avarento do passado programa viver a experiência da pobreza.
O mau patrão retempera-se na condição de modesto e sofrido empregado.
Quem não amparou devidamente seus filhos pede para viver na condição de
órfão.
Outros ressurgem em posições de destaque, a fim de se dedicarem à causa do
bem.
Tentados por facilidades e distrações, necessitam encontrar forças para
utilizar seus recursos em favor do próximo.
A beleza, o poder e a fortuna são provas difíceis, pois freqüentemente
instigam o orgulho e o egoísmo.
Muitos fracassam quando passam por tais experiências.
Mas a realidade é que a vida terrena destina-se a promover o aprimoramento
do caráter e do intelecto.
Ela é fruto de um sério planejamento.
Entretanto, nem tudo está pré-determinado.
O livre-arbítrio é preservado e cada um responde pelas resoluções que toma e
pelos atos que pratica.
Do mesmo modo, nem todas as ocorrências são antecipadamente previstas.
Alguns problemas, dores, desgostos e enfermidades são inerentes ao viver
Terreno.
A maioria dos desconfortos e transtornos são frutos de imprevidência atual.
Quem se permite atitudes antipáticas e rudes transforma meros conhecidos em
desafetos.
O certo é que o Espírito é inserido em dado contexto, no qual se defronta
com situações que precisa resolver.
Freqüentemente, uma criatura inveja a sorte de outra.
Os problemas alheios sempre parecem de fácil solução.
As dores dos outros nunca se afiguram muito graves para o observador.
Mas cada qual vive o que necessita.
As próprias tarefas são difíceis porque correspondem a áreas de dificuldade.
Para seguir adiante, é necessário fazer a lição do momento.
Assim, pare de se debater com as exigências de sua vida.
Não procure fugir de seus problemas e aflições.
Dedique-se antes a resolvê-los, a fim de libertar-se deles.
Se a vida lhe pede paciência em face de situações inelutáveis, seja
paciente.
Perante um familiar ou um chefe difícil, exercite a tolerância.
Comporte-se como um estudante que deseja passar de ano.
Cesse as reclamações e faça a lição.
Pelas dificuldades que você enfrenta, pode perceber quais são suas
deficiências evolutivas.
Empenhe-se firmemente em burilar o seu caráter.
Adote um patamar nobre de conduta e jamais se afaste dele.
Você nasceu para amealhar virtudes, para ser digno e bondoso.
Essa é a sua tarefa.
Pense nisso.

*** CONSTRUIR

Para construir a floresta a natureza gasta séculos de serviço.
Para destruí-la, basta a chispa do fogo.

Para construir a casa, grande turma de obreiros despende longos dias.
Para destruí-la, basta um só homem de picareta, no espaço de algumas horas.

Para construir um jarro de legítima porcelana, o ceramista utiliza tempo enorme de vigília e preparação
Para destruí-lo, basta um martelo.

Para construir o avião, primorosa equipe de técnicos associa prodígios de inteligência, na ação de conjunto.
Para destruí-lo, basta um erro de cálculo.

Para construir o depósito de combustíveis, o homem é constrangido a providências numerosas, alusivas à edificação e à preservação.
Para destruí-lo, basta um fósforo aceso.

Para construir a cidade, o povo emprega anos e anos de sacrifício.
Para destruí-la, basta hoje uma bomba.

Irmãos, sempre que chamados à crítica, respeitemos o esforço nobre dos semelhantes.
Para construir, são necessários amor e trabalho, estudo e competência, compreensão e serenidade, disciplina e devotamento.

Para destruir, porém, basta o golpe.

ANDRÉ LUIZ
(Do livro Ideal Espírita, cap. 61, edição CEC)

domingo, 29 de julho de 2007

*** EVITAR PROBLEMAS ETC...

Um barco,
no ancoradouro,
está seguro.
Mas não é para isso
que os barcos são feitos."


Há meios de evitar problemas.
Basta não fazer nada.
Há meios de evitar trabalho.
Basta não se comprometer.
Há meios de evitar dúvidas.
Basta não procurar opções.
Há meios de evitar lágrimas.
Basta não correr nenhum risco.

Mas, tudo isso funciona como um boomerang. Sim, podemos evitar os problemas, simplesmente não fazendo nada.Mas, ao não fazer nada, para evitar problemas, você apenas empurra os pequenos desafios para frente, e depois vai reencontrá-los muito maiores, como uma bola de neve que cresce até tornar-se uma avalanche.É muito melhor resolver os problemas agora, enquanto são menores.

Sim, podemos evitar o trabalho, simplesmente evitando nosso comprometimento.Mas, ao não comprometer-se, para evitar o trabalho, você apenas permite que as pequenas rachaduras que surgem, nas paredes da sua vida, se transformem em buracos enormes, que exigirão muito mais trabalho, quando a parede ameaçar cair.É muito melhor comprometer-se agora, com o trabalho, enquanto é mais simples de executar.

Sim, podemos evitar as dúvidas, simplesmente fugindo das opções.Mas ao fugir das opções, você apenas tornará sua vida uma sinfonia de uma nota só, sem possibilidades de novos caminhos, e tudo será sempre igual e raramente melhor. Até que você terá que aceitar qualquer opção, por ter sempre evitado as dúvidas.
É muito melhor ter dúvidas agora, e agir sobre elas, do que tentar encontrar opções que talvez não existam, quando o tempo acabar.

Sim, podemos evitar as lágrimas, simplesmente não correndo risco algum.Mas arriscar-se é parte do que nos torna humanos. Se você jamais correr risco algum, poderá ir evitando as lágrimas por algum tempo, mas quando elas vierem, virão ainda mais fortes, não pelo que você fez, mas pelo que nunca terá outra chance de fazer.
É muito melhor arriscar-se e passar pelas dores dos erros agora, enquanto você pode pegar outro caminho e começar uma viagem completamente nova, do que resolver arriscar-se aos noventa e nove anos, quando o menor dos erros pode ser o último.

Aceite os desafios e problemas, fazendo o que tem que ser feito, pois eles tornarão sua vida repleta de sucessos.
Aceite o trabalho e comprometa-se, pois o compromisso dará direção aos seus dias.
Aceite as dúvidas e as opções que elas trazem, pois elas permitirão que você escolha caminhos inesperados e únicos.
Aceite os riscos e as lágrimas, pois eles trarão os sorrisos e a alegria, que apenas uma vida verdadeira pode trazer.

Lembre-se da frase de William Shedd: "Um barco, no ancoradouro, está seguro. Mas não é para isso que os barcos são feitos."


ALDO NOVAK

*** AUTENTICIDADE


No mundo massificado em que vivemos, tudo conspira para que nos movamos de acordo com as normas e padrões impostos pelo exterior, pois, desse modo, as chances de não sermos marginalizados e rejeitados serão maiores. O oposto disso é cultivar a autenticidade, manter-se fiel ao seu próprio ser, guiar-se pelo que sua consciência e seu coração lhe sopram suavemente a cada momento. Pagamos um preço muitas vezes alto, quando optamos por esse padrão de atitude. Nem sempre seremos aceitos e compreendidos. Entretanto, nada pode nos dar mais prazer e alegria interior. Quando nos mantemos fiéis à nossa própria natureza, passamos a atrair, naturalmente, pessoas e situações em sintonia com essa nova forma de agir e descobrimos o prazer de conviver sem ter de estar, o tempo todo, preocupados em agradar os outros para nos sentirmos socialmente inseridos. Muitas pessoas confundem autenticidade com o direito de fazer tudo o que desejam, ou dizer tudo o que pensam sem se preocupar se estão prejudicando ou magoando outras pessoas. Ser autêntico é seguir o próprio coração, mas jamais perder de vista o respeito pelos sentimentos alheios. Libertar-se das máscaras que fomos condicionados a vestir na convivência social e até mesmo nos relacionamentos íntimos, é o primeiro passo para que aprendamos a viver uma vida autêntica, sendo fiéis aos nossos sentimentos e à nossa verdade interior. O critério é sempre examinar nosso coeficiente de felicidade. Quanto mais distantes estivermos do que nosso coração deseja, menor ele será. .... "Veracidade significa autenticidade, ser verdadeiro, não ser falso, não usar máscaras. Seja qual for sua face real, mostre-a... E seja qual for o custo. Lembre-se, isso não quer dizer que você tem que desmascarar os outros. Se eles estão felizes com as mentiras deles isso é problema deles. Não vá desmascarar ninguém, pois é assim como as pessoas pensam. Eles acham que têm que ser verdadeiros, autênticos; eles acham que precisam ir e fazer todos nus - "Pois porque você está escondendo seu corpo? Estas roupas não são necessárias". Não. Por favor, lembre-se, seja verdadeiro para si mesmo. Você não é necessário para reformar ninguém mais no mundo. Se você puder crescer, isso é suficiente. Não seja um reformador, e não tente ensinar aos outros, e nem mudar os outros. Se você mudar, essa é uma mensagem suficiente. Ser autêntico significa permanecer verdadeiro para com seu próprio ser. Como permanecer verdadeiro? Três coisas precisam ser lembradas. Uma, nunca escute ninguém, o que eles dizem para você ser. Escute sempre sua voz interior, para o que você gostaria de ser; senão toda sua vida será desperdiçada. ... Lembre-se, seja verdadeiro para com sua voz íntima. Isso pode lhe levar ao perigo; então vá para o perigo, mas permaneça verdadeiro para com a sua voz íntima. ... Veja sempre que a primeira coisa seja seu ser e não permita que outros o manipulem ou o controlem. Eles são muitos: todos estão prontos para controlar você, todo mundo está pronto para mudar você, todo mundo está pronto para lhe dar uma direção que você não pediu. Todos estão lhe dando um guia para sua vida. O guia existe dentro de você; você carrega a planta. Ser autêntico significa ser verdadeiro consigo mesmo . Isso é um fenômeno muito, muito perigoso; raras pessoas podem fazer isso. Mas quando pessoas fazem isso, elas realizam. Elas alcançam tal beleza, tal graça, tal contentamento, você não pode imaginar. Se todos parecem tão frustrados, a razão é que ninguém escutou sua própria voz... Essa é a primeira coisa . ... Depois a segunda coisa – se você fez a primeira coisa, só então a segunda se torna possível: nunca use uma máscara . Se você estiver zangado, fique zangado. É arriscado, mas não sorria pois isso é ser falso. Mas você foi ensinado a sorrir quando estiver zangado, sorria; assim seu sorriso se torna falso, uma máscara... só um exercício dos lábios, nada mais. O coração cheio de raiva, de veneno, e os lábios sorrindo; você se torna um fenômeno falso. Depois a outra coisa também acontece: quando você quer sorrir você não pode. Todo seu mecanismo está de pernas para o ar, pois quando você queria ficar zangado você não ficava, quando você queria odiar você não odiava. ... Quando você quiser ficar com raiva, fique raivoso. Nada está errado em ficar com raiva. Se você quiser sorrir, sorria. Nada de errado em rir à vontade. Aos poucos você verá que todo seu sistema está funcionando... Você pode ver: sempre quando o mecanismo de uma pessoa está funcionando bem... Ele olha para você, e ele realmente olha; não é uma coisa morna, isso realmente aquece. Quando ele toca ele realmente toca em você. Você pode sentir a energia dele movendo-se para seu corpo, uma corrente de vida sendo transferida...pois o mecanismo dele está funcionando bem. ....no corpo existe alguma parte, uma parte correspondente, para a emoção. Se você não quer chorar, seus olhos irão perder seu brilho porque lágrimas são necessárias; elas são um fenômeno bem vivo. Quando de vez em quando você soluça e chora, você realmente se entrega a isso – você torna-se isso – lágrimas começam a fluir pelos seus olhos; seus olhos são limpos, seus olhos se tornam novamente frescos, jovens, e virgens.... .....Deus deu a cada um– homem ou mulher – as mesmas glândulas lacrimais. Se o homem não devesse chorar, não haveria glândulas lacrimais. Matemática simples! Porque as glândulas lacrimais existem no homem na mesma proporção que existem na mulher? Olhos necessitam lacrimejar e chorar, e isso é realmente belo se você puder chorar sinceramente. Lembre-se, se você não puder chorar sinceramente, você também não pode sorrir, pois essa é a outra polaridade. Pessoas que podem sorrir também podem chorar; pessoas que não podem chorar não podem sorrir. A terceira coisa sobre autenticidade: permaneça sempre no presente – pois toda falsidade entra ou do passado ou do futuro. Aquilo que passou já passou; não se importe com isso. Não o carregue como um fardo; senão isso não lhe permitirá estar autêntico no presente. Tudo aquilo que não veio ainda não veio. Não se incomode desnecessariamente sobre o futuro; senão isso virá para o presente e o destrói. Seja verdadeiro para com o presente, e assim você será autêntico. Estar aqui-agora é ser autêntico. Nenhum passado, nenhum futuro: este momento é tudo, este momento é toda a eternidade".
:: Elisabeth Cavalcante ::
Osho, do livro Yoga: the Alpha and Omega

sábado, 28 de julho de 2007

*** FÓRMULA IDEAL





Se sentes qualquer dificuldade no relacionamento com os outros, é provável que o empecilho maior esteja em ti mesmo.
O que classificamos por indiferença alheia, talvez seja simplesmente falta de habilidade da nossa parte.
O que fazes para aproximares das pessoas? Esforças-te para conquistar a confiança dos que vivem à tua volta?
Se esperas algum apoio de alguém, é natural que esse mesmo alguém espere algo de ti.
Aquele que toma a iniciativa de caminhar, chega sempre no objetivo.
Sem sementeira, não haverá colheita.
Para que o plantio seja certo é importante o preparo do solo.
Quem deseja compreensão precisa compreender.
Simpatia e amizade são bênçãos cultiváveis.
Experimenta ser mais afável, mais solidário, mais atencioso e mais alegre com os outros para ver o que te acontece...
Até as plantas sabem agradecer o carinho que recebem na irrigação ou no adubo.
Exigir menos dos outros e mais de ti, eis a fórmula ideal para que saibas viver e conviver, proveitosamente, com todos, em qualquer parte do mundo.

(Carlos A. Baccelli por Irmão José. In: Crer e agir)


Um dia todinho iluminado de harmonia,
todinho florido de felicidade e
todinho perfumado de amor,
pra vc e todos ao seu redor.
Abraços com carinho
Equipe CVDEE











sexta-feira, 27 de julho de 2007

*** Qual a diferença entre Espiritismo e Espiritualismo?


Na Introdução ao Estudo da Doutrina Espírita, do Livro dos Espíritos, Kardec nos esclarece o porque da utilização do termo "Espiritismo" empregado para designar toda a doutrina ensinada pelos espíritos.
As palavras ESPIRITUALISMO e ESPIRITUAL relacionam-se em oposição ao MATERIALISMO. O MATERIALISTA é aquele que crê somente na matéria, ou seja, naquilo que ele pode ver, e portanto, em relação ao homem, tudo se acaba com a morte. O ESPIRITUALISTA crê em algo além da matéria, ou seja, que o homem sobrevive após a morte corporal, de alguma forma, seja através do Espírito, ou Alma, ou Ego, etc. Existem varias filosofias espiritualistas.
O ESPIRITISMO é também oposto ao materialismo, porem baseia-se na existência dos Espíritos que são eternos, e nas comunicações entre os planos espiritual (mundo invisível) e corporal (mundo visível). O ESPÍRITA ou ESPIRITISTA é o adepto do Espiritismo.
Assim o ESPÍRITA ou ESPIRITISTA é também um ESPIRITUALISTA, mas nem todo o ESPIRITUALISTA é um ESPÍRITA.

*** AS PEDRAS FALARÃO



Os seguidores do Cristo, que buscam compreender seus ditos, nem sempre conseguem entender, de pronto, a idéia que se oculta por trás das letras.
Um exemplo disso é quando Jesus fala aos fariseus que, se os seus discípulos se calassem, as pedras falariam.
Ora, como entender que as pedras pudessem falar, sendo objetos inanimados?
É imperioso extrair o espírito da letra para que possamos compreender tal assertiva.
Considerando-se que, naquele tempo, os mortos eram sepultados em buracos cavados nas rochas e, entendendo que Jesus se referiu às pedras como túmulos, fica mais fácil o entendimento.
Mas se as pedras não podem falar, tampouco os túmulos falariam.
Se ponderarmos que Jesus se referia aos mortos, então penetraremos o
verdadeiro sentido das suas palavras.
Se os discípulos se calassem, os Espíritos falariam. Como de fato falaram e falam até hoje.
Em todos os tempos e nas mais variadas religiões, a História registrou a
manifestação dos Espíritos a se comunicarem com os homens.
Eles têm buscado mostrar-se de muitas maneiras. Desde uma simples aparição até às interferências mais ostensivas.
Tais comunicações são sempre interpretadas segundo a crença a que pertençaaquele que as percebe. Mas seja como for, sempre há uma manifestação de outro plano.
São os Espíritos dos homens que já morreram, que voltam a se comunicar com os ditos vivos.
Não é outro o motivo pelo qual há, hoje, espalhados pelo mundo, muitos
santuários construídos onde alguém, algum dia, viu uma dessas aparições.
Algumas pessoas acreditam que somente os santos ou o espírito santo pode se manifestar, mas não são poucos os casos de aparições menos agradáveis. É que, tanto os bons quanto os espíritos infelizes se comunicam, de alguma forma, conosco.
No caso desses últimos, não se constroem santuários onde eles foram vistos.
Diz-se que são lugares assombrados.
A realidade é que os ditos mortos se comunicam conosco. Seja para orientar, para perturbar ou para buscar socorro.
Hitler os ouvia a tal ponto, que passava noites sem dormir por causa das
vozes perturbadoras.
Francisco de Assis ouviu uma voz que lhe falou da missão que lhe competia.
Joana d'Arc ouvia as vozes do além, a orientá-la nas decisões que deveria
tomar.
Sócrates, o grande filósofo grego, ouvia vozes inaudíveis aos demais, que o acompanhavam sempre.
Tanto o Antigo como o Novo Testamento estão repletos de manifestações de espíritos, que se comunicaram em diversas ocasiões. São os chamados anjos que foram registrados em vários momentos da Bíblia.
Se verificarmos a História da Humanidade, constataremos que em todos os tempos foram registradas as comunicações de outro plano.
E, nos dias de hoje, não poderia ser diferente. As pedras ou os ditos
mortos, continuam a falar conforme a afirmativa do Cristo aos fariseus.
Você sabia?
....que, se elevamos o pensamento ao santo de nossa devoção estamos buscando a comunicação com almas de outro plano?
É que os santos são homens e mulheres que viveram na Terra e, de alguma forma, ajudaram as pessoas que hoje os buscam em oração.
E você sabia que se estiver ao seu alcance, os santos ou espíritos
superiores, sempre buscam atender as preces que lhes são dirigidas?

Redação com base no cap. 19, versículo 40 dO evangelho segundo Lucas.





































quinta-feira, 26 de julho de 2007

*** NADA É POR ACASO (acidente da TAM)

Na última terça-feira, na hora do acidente com o avião em São Paulo, estava em Itanhaem e quando liguei a televisão, assisti a cena do terrível incêndio. Uma cena chocante que, com certeza, perturbou milhões de pessoas que como eu pensaram nas famílias das vítimas, nas pessoas que tiveram sua história ceifada pela morte e sobre toda a insegurança que o viver nos oferece.
É impossível num momento como esse não pensar que poderia ser qualquer um de nós naquele avião, ou que poderia ser a nossa família desesperada em busca de notícias junto às autoridades.
Sim, poderia mesmo ser a nossa hora de morrer, porque a morte é a grande e indesejável certeza da vida.
Parece que nunca estamos preparados para ela.
Sempre ocupados com nosso dia-a-dia, nossas conquistas ou nossos sofrimentos, nos ocupamos pouco pensando na morte, ou nos preparando para ela.
Tocamos a vida como eterna e a morte como um acidente.
Os momentos de pesar que vivemos hoje, passada uma semana do ocorrido, são os melhores para amparar, oferecer nossa solidariedade e nosso abraço - não somente virtual - direcionando energias positivas a quem sofre as perdas, a quem sente no peito uma enorme saudade de seus entes queridos;
mas servem também para nos fazer compreender que os 199 seres humanos envolvidos no acidente em São Paulo doaram - é assim que funciona o Plano Espiritual - suas vidas para desencadear mudanças profundas em nível nacional e planetário, colocando em movimento irreversível as pessoas do bem, reforçando sua lucidez, despertando sua responsabilidade individual em exigir de quem foi eleito o respeito, a ética e a transformação radical do que aí está.
Nada é por acaso.

*** PERDA DOS ENTES QUERIDOS

A dor causada pela perda dos entes amados atinge a todos nós com a mesma intensidade.

É a lei da vida a que estamos sujeitos. Quando nascemos, nossa única certeza absoluta no transcorrer da vida será a de que um dia morreremos. Não há como fugir a esta realidade.

A morte não faz parte de nossas preocupações imediatas. Vamos levando a vida sem pensarmos que um dia morreremos, aí, quando menos esperamos, ela nos bate à porta arrebatando-nos um ser amado e então, sentimo-nos impotentes diante dela e o pensamento de que ”nunca mais o verei”, aumenta mais nossa dor.

Algumas pessoas sentem com maior intensidade a perda do ente amado, demorando a se recuperar da dor pela partida daquele ente querido. Principalmente, se a morte ocorreu repentinamente, de uma forma brusca, como acontece em desastres ou através da violência. Existem também pais que perdem seus filhos em tenra idade, quando começavam a sonhar para eles um futuro promissor. Com a perda vem a tristeza e a revolta: “Por que meu filho morreu tão cedo? Era preferível a morte ter me levado no lugar dele, pois já vivi muito enquanto ele não teve tempo de viver”, e por aí seguem tantas outras exclamações contra a partida daquele ser tão querido. Então, vem a procura, a busca de um consolo que possa realmente acalmar e levar um pouco de tranqüilidade ao espírito, e vem a indagação que tanta angústia traz ao coração: “Onde meu filho estará agora? Só queria saber se ele está bem, como se sente.”.
Começa, então, a procura por notícias, o afã de saber o paradeiro daquele que se foi para nunca mais, segundo a visão acanhada que se tem de “vida” e de “morte”. A possibilidade da comunicação com o ser querido leva muitas pessoas a desejarem, a todo custo, uma mensagem, uma palavra que possa proporcionar-lhes a aceitação do ocorrido ou que lhes minore a enorme saudade que sentem.É muito gratificante, através do intercâmbio espiritual, sabê-los felizes, certificando-se, através de relatos deles próprios com detalhes de sua nova existência, que eles continuam ligados aos familiares pelos laços indestrutíveis das afeições sinceras.

No entanto, é necessário precaver-se contra a urgência desenfreada de se obter, a qualquer custo, principalmente em pouco tempo de desencarnação dos entes queridos, a comunicação tão desejada com o intuito de acalmar o coração saudoso.Sabemos que a comunicação em pouco tempo de desencarne não é totalmente impossível, mas não é recomendável, visto o espírito encontrar-se num estado de adaptação a sua nova vida e de sentir-se ainda fortemente ligado às vibrações materiais.
A precaução deve ser necessária, pois, no afã de obtê-las a qualquer custo, corre-se o risco de procurar-se meios indevidos para tais comunicações, que, não os colocando em sintonia com os seres amados, mais tempo os afastarão deles.
O cuidado é necessário, pois no desejo de obter-se a comunicação, a pessoa incauta pode ser vítima de mistificações de falsos médiuns, devendo por isso mesmo, certificar-se da idoneidade das pessoas para que tal comunicação se dê a contento.A mediunidade não deve ser encarada como um dom nosso, e sim, um dom, a nós, dado por Deus, uma ferramenta de trabalho em benefício não só do próximo como do próprio médium, pois se bem utilizada é uma ponte para a evolução de nosso ser.Mas a paciência para se obter a comunicação deve ser levada em conta, pois existem barreiras dos dois lados que podem adiar por um bom tempo o tão sonhado intercâmbio.
A desencarnação requer um período de adaptação ao mundo espiritual a que o espírito se submete com a ajuda de amigos espirituais abnegados. E se ele estiver ainda no estágio de adaptação, tais comunicações poderão mostrar-se inadequadas para o momento que ele atravessa, portanto, requerendo um período bem maior para que possa realizar-se com mais eficácia.Em casos extremos, pode acontecer do desencarnado, ao ver o estado de sofrimento dos familiares com a sua partida, pedir aos espíritos responsáveis por sua adaptação ao mundo espiritual para ir acalmar-lhes os corações.

O tempo também é diferente entre as duas dimensões, ou seja, segundo os espíritos eles não sentem o tempo como nós, podendo um período de dois anos tornar-se um tempo longo para os familiares ao desejarem a comunicação, enquanto para os espíritos, levando-se em conta, principalmente, a evolução espiritual dos mesmos, ser um tempo bastante curto.
A comunicação mediúnica para atender irmãos desencarnados, sofredores ou não, requer um preparo todo especial para o seu desempenho, tanto na dimensão material quanto na espiritual. Desde cedo, os irmãos responsáveis para que tais comunicações se processem, já começam o preparo, com antecedência, dos médiuns que irão atender aos espíritos, baseando-se principalmente na sintonia espiritual existente entre encarnados e desencarnados, ligando cada espírito ao médium que melhor possa se adequar à comunicação.Por isso não é fácil, para quem é médium, dar notícias desse ou daquele desencarnado para as pessoas que os procurem para obter a comunicação.Muitas vezes, os espíritos dos entes queridos vêm nos visitar e nós não damos por isso, ou mesmo, durante o sono, nosso espírito vai se encontrar com o dele, vai visitá-lo, e não guardamos lembrança de nada, a não ser uma saudade, uma lembrança dele que não sabemos nem porque nos vem tão repentinamente.
O que sabemos através dos ensinamentos espirituais, é que todos nós ao fecharmos nossos olhos para a vida material e nos transferirmos para a vida espiritual, ficaremos num sono, numa espécie de torpor, recebendo todo o amparo e ajuda de equipes espirituais para nos desfazermos das vibrações materiais com maior rapidez.Então, esse período para o espírito é de fundamental importância, requer daqueles que ficaram, o amparo da prece e de vibrações de amor e de que seus sofrimentos não ultrapassem aquele da saudade, sem extrapolar para a revolta com os desígnios de Deus.
O importante é atentarmos que o desencarnado requer um tempo para se reconhecer. Muitas vezes eles não se sentem mortos, sentem-se como se estivessem num sonho; ficam sem entender o estado em que estão, sentem-se diferentes, não se enxergam sem o corpo físico e ficam desorientados.Esse estado de perturbação acontece principalmente com quem desencarna de forma abrupta ou violenta, como costuma ser em casos de desastre. Mas, esses irmãos não ficam sozinhos nunca. É preciso que saibamos disso: os espíritos responsáveis por eles estão junto esperando que as vibrações materiais mais grosseiras se desfaçam, cuidando com todo o carinho para que eles possam se adaptar ao novo estado.

Guilhermina Cruz

*** O FUTURO E NÓS


Cada noite, habitualmente, agradeces a Deus por mais um dia e, quase sempre, refletes no amanhã.





De quais ingredientes se nos formará o futuro?
Embora, em muitas ocasiões, os homens a procurem no lado externo da existência, a resposta está sempre em nós mesmos.
À medida que se nos amplia a maturidade interior, reconhecemos que a evolução é um caminho em formação para o Alto, em nos reportando ao progresso do espírito.
Diariamente edificamos. E edificamos, em nós e fora de nós, a cooperação que nos cabe no engrandecimento da vida.
Em vista disso, se nos propomos a encontrar o amanhã melhor, cogitemos disso hoje.
Comecemos, avaliando a importância de compreender e servir.
Esqueçamos ressentimentos e sombras, lembrando-nos de que a prática do amor é trabalho para todos os dias.
Não reclamemos dos outros aquilo que podemos fazer nós mesmos.

Entendamos que os nossos problemas não são maiores do que muitas das dificuldades que afligem os nossos semelhantes.
Melhoremos a nós próprios, a fim de que as nossas experiências nos elevem.
Vejamos em cada criatura um mundo à parte e, por isso, aceitemos os nossos companheiros de caminho exatamente como são, sem exigir-lhes demonstrações de santidade ou grandeza.
Busquemos o trabalho constante, no bem de todos.

E atentos ao valor do tempo, avancemos, sem nos marginalizarmos nas perturbações das horas vazias.
O nosso futuro está sendo articulado neste instante por nós mesmos.
Façamos agora o melhor ao nosso alcance, porque o

amanhã para nós será sempre o nosso hoje passado a limpo.
(Francisco Cândido Xavier por Emmanuel. In: Algo mais)











quarta-feira, 25 de julho de 2007

*** A Ciência do Futuro


Carlos de Brito Imbassahy
(Físico)

Não há dúvida de que a evolução caminha em progressão geométrica, o que dá idéia de que o progresso vem sob forma vertiginosa.

De fato, desde que o século XX teve início, o conhecimento das coisas no campo científico tornou-se avassalador. Até o ano de 1900 não se sabia que a molécula se dividia em átomos e estes em partículas. Hoje, as sub-partículas já são do conhecimento do passado.

A primeira pá de cal no materialismo tradicional foi dada por Einstein, quando idealizou sua primeira Teoria da Relatividade Generalizada e equacionou o estado físico material da energia e que, como tal, não passava de uma forma transitória; as pesquisas com os aceleradores Fermi de partículas radicalizaram ainda mais, quando mostraram que a energia cósmica, por si só, não poderia se alterar e que, como tal, até a sub-elementar partícula teria um agente estruturador, ou seja, um princípio equivalente à alma.

Com isso, além dos materialistas, as seitas religiosas que garantem que a alma é meramente um princípio (ou privilégio) humano, foram envolvidas no mesmo roldão; e se a Ciência tem sido o grande entrave para o estudo religioso, agora, passará a ser o marco de definição: ou estas abandonam seus dogmas em detrimento da infalibilidade de seus princípios, ou serão gradativamente aniquiladas pela voracidade da Ciência do Futuro que implacavelmente vai descortinando novos conhecimentos incompatíveis com os preceitos de infalibilidade; e quem não a acompanhar estará fadado ao descrédito.

E como fica o Espiritismo em toda essa conjuntura!
Apesar de sofrer com muitos de seus prováveis adeptos, que têm tentado transformá-lo em mais uma seita bíblica, num retrocesso evolutivo, ele continua resistindo ao processo de degradação desses embates e prossegue tendo a Ciência como escopo ou fundamento de sua conclusões, malgré lui. Erra redondamente quem pensa que a fase experimental doutrinária já tenha passado: ela nem começou!

Os novos aparelhos estão aí para permitir-nos uma pesquisa mais segura, onde a fraude não mais terá vez porque pode ser detectada por eles, imparciais em seus registros e seguros nos seus resultados insofismáveis.

É o fim do empirismo.

Ninguém mais poderá pregar um princípio sem a prova, nem mesmo serão aceitas mensagens mediúnicas que não encontrem respaldo nas experiências; o homem começa a entender que a vida na Terra é de encarnados e eles é que têm que descobrir as verdades que faltam para seu melhor conhecimento e evolução, independente das ajudas que a Espiritualidade (de onde viemos e para onde voltaremos)nos possa trazer.

Caso contrário, não justificaria termos nascido.

Está na hora, portanto, de reformularmos nosso posicionamento reacionário para não ficarmos detidos no tempo e termos que integrar o grupo dos atrasados, enquanto o conhecimento avança; está na hora, pois, de caminharmos com ele para a verdade das coisas.
E o pior de tudo é que, enquanto os cientistas vão desvendando um mundo novo, pelo lado espiritual - o domínio das formas - alguns dos que se dizem espíritas é que se tornam verdadeiros entraves ao progresso doutrinário.

Estamos a um passo de saber o que seja o espírito pois os osciloscópios já podem detectar sua presença, ou seja, o "campo" a ele correspondente, o que comprova que, além de existir, tem algo em comum com a matéria, senão, evidentemente, não poderia agir sobre ela, dotando-a de vida, desde a forma a mais elementar, que é a da sub-partícula atômica, até a animal superior (do homem), mostrando que a escala evolutiva dos seres materiais obedece a uma lei de formação espiritual.

Enfim, até na vida, a matéria é transitória.


segunda-feira, 23 de julho de 2007

***10 maneiras de erguer um Centro Espírita

1. Compareça às reuniões, e, sempre que o fizer, chegue na hora.

2. Se o tempo não estiver bom, vá assim mesmo.

3. Quando solicitado a auxiliar, ofereça o melhor de si, sem dizer que o trabalho deve ser executado por esse ou aquele companheiro.

4. Quando não assistir às reuniões, não critique o trabalho daqueles que compareceram.

5. Sempre que convocado, aceite os postos de maior responsabilidade, e, caso não tenha sido ainda, não veja nisso motivo de melindre.

6. Dê sincera importância à execução de suas tarefas, e, quando solicitado a prestação de contas, apresente-se com humildade.

7. Quando chamado a opinar sobre assunto sério, fale no momento certo, porém, depois da reunião, não discuta com ninguém como deveria ter sido decidido, pois já não é tempo.

8. Lute por fazer mais do que o “absolutamente necessário”, unindo-se àqueles que põem mãos à obra com toda a boa vontade e com todo o zelo em prol do êxito dos trabalhos, sentindo-se responsável e nunca imaginando a existência de uma “panelinha” querendo mandar e desmandar.

9. Se novos colaboradores chegarem, auxilie-os na melhor compreensão do que seja o Centro Espírita.

10. Na parte que lhe toca contribuir para pagamento dos compromissos materiais, financeiros, preste seu concurso regular e não espere ser lembrado para cooperar.

*** REFLEXÕES (FELICIDADE - PAZ)



A FELICIDADE

Todos queremos ser felizes, viver melhor.
Entretanto, ouçamos a experiência.
A felicidade não é um tapete mágico.

Ela nasce dos bens que você espalha, não daqueles que se acumulam inutilmente. Tanto isto é verdade que a alegria é a única doação que você pode fazer sem possuir nenhuma. Você pode estar em dificuldade e suprimir muitas dificuldades dos outros. Conquanto às vezes sem qualquer consolação, você dispõe de imensos recursos para reconfortar e reerguer os irmãos em prova ou desvalimento. A receita de vida melhor será sempre melhorar-nos, através da melhora que venhamos a realizar para os outros. A vida é dom de Deus em todos. E quem serve só para si não serve para os objetivos da vida, porque viver é participar, progredir, elevar, integrar-se. Se aspirarmos a viver melhor, escolhamos o lugar de servir na causa do bem de todos. Para isso, não precisa você acondicionar-se a alheios pontos de vista. Engaje-se na fileira dos servidores que se lhe afine com as aptidões. Aliste-se em qualquer serviço no bem comum. É tão importante colaborar na higiene do seu bairro ou na construção de uma escola, quanto auxiliar a uma criança necessitada ou prestar apoio a um doente. Procure a paz, garantindo a paz onde esteja. Viva em segurança, cooperando na segurança dos outros. Aprendamos a entregar o melhor de nós à vida que nos rodeia e a vida nos fará receber o melhor dela própria. Seja feliz, fazendo os outros felizes. Saia de você mesmo ao encontro dos outros, mas não resmungue, nem se queixe contra ninguém. E os outros nos farão encontrar Deus. Não julgue que semelhante instrução seja assunto unicamente para você que ainda se acha na Terra. Se você acredita que os chamados mortos estão em paz gratuita, o engano é seu, porque os mortos se quiserem paz que aprendam a sair de si mesmos e a servirem também.
(Francisco Cândido Xavier por André Luiz.In: Respostas da Vida)




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PAZ

A PAZ COMEÇA EM MIM

Diante de tanta violência mostrada na televisão no dia a dia, como seqüestros, assaltos, assassinatos, guerras e terrorismos, acidentes, nós nos perguntamos como viver bem em dias como esses?

Como ter paz diante de tamanho caos?
A paz tem sido a grande ansiedade, o grande desejo da criatura humana desde os primórdios da humanidade. Ainda hoje nós esperamos que algo ou alguém nos traga essa paz que tanto sonhamos. Porém nos escondemos por trás de conceitos ultrapassados, do tipo “a terra é um vale de lagrimas” ou que “somos criaturas imperfeitas” e ficamos esperando um milagre, algo mágico ou que alguma religião nos der a paz que sonhamos.
Precisamos raciocinar e ver que a violência, o tumulto e o desequilíbrio de lá fora é reflexo direto da nossa violência e desequilíbrios internos, e que ninguém tem o poder de nos dar a paz tão sonhada, a não ser nós mesmos. Ainda ecoam a palavra de Jesus de há dois mil anos “os homens desejam a paz, mas não buscam as coisas que proporcionam a paz”.

Não devemos apenas desejar a paz, devemos buscá-la e buscá-la no lugar certo.
A paz não está em nos vestirmos de branco, em quebrar as armas e dar abraços simbólicos em monumentos.

A paz é nos vestirmos interiormente de harmonia,

desarmamo-nos interiormente

e abraçarmos verdadeiramente uns aos outros.


A PAZ, para Aurélio Buarque de Holanda em seu dicionário é:
1. Ausência de lutas, violência ou perturbações sociais; tranqüilidade publica; concórdia; harmonia.
2. Ausência de conflitos entre pessoas; bom entendimento, harmonia.

3. Ausência de conflitos íntimos; tranqüilidade de alma; sossego.


A paz, na visão espírita, é conquista individual, fruto do esforço de cada um, em ser hoje melhor do que ontem e assim sucessivamente.

Allan Kardec percebeu nos ensinamentos dos espíritos dicas importantes para facilitar esse nosso processo de crescimento espiritual. É sem dúvida a reencarnação a grande resposta para a maioria de nossos desassossegos, tormentos e conflitos íntimos.
Reencarnação consiste em admitir para o homem muitas existências sucessivas. Sendo que a cada nova existência o espírito dá um passo na caminhada do progresso; cada um no seu próprio ritmo há aqueles que avançam rapidamente e outros que demoram mais. Porém todos tendem á perfeição, e Deus nos proporciona todos os recursos para chegarmos lá. E é nisso que consiste a justiça divina. Somos nós os construtores de nosso próprio destino.

Diz Léon Denis:

Tua obra mais bela és tu mesmo”.
A reencarnação nos mostra sentido para vida, explica o porquê dos acontecimentos, mais também nos chama atenção para nossa própria responsabilidade diante do nosso fanal evolutivo que é a felicidade, a paz, a perfeição. Todos esses recursos são para serem usados agora e não num futuro longínquo. Todo o conhecimento que adquirimos com a reencarnação já poderia está facilitando nossas vidas, nos proporcionando paz interior e consecutivamente paz social, pois segundo Joanna de Ângelis quando um homem se levanta a humanidade se levanta com ele.
A espiritualidade nos mostra que os conceitos da reencarnação podem nos ajudar a encontrar a paz interior, simplesmente alterando a nossa maneira de ver e avaliar as pessoas e os acontecimentos da vida.
A reencarnação nos ensina:

Que ninguém é perfeito. Temos os germes da perfeição, estamos fadados a ela, porém ainda estamos a caminho e quem está a caminho, ainda não chegou lá. Por isso não podemos cobrar perfeição absoluta nem nossa e nem dos outros.

Ninguém é igual a ninguém. Temos a mesma origem, fomos criados simples e ignorantes. Temos a mesma destinação a perfeição. Porém estamos em estágios diferentes, precisamos respeitar essa realidade em nós e nos outros. Os outros são como são. Cada um tem sua própria bagagem evolutiva, o que faz com quer tenhamos gostos diferentes, valores diferentes e principalmente opiniões diferentes. Porém temos que aprender a usar a alteridade, ou seja, aprender a conviver com o diferente, dado a ele o direito de ser diferente. Os outros são os outros e só.

Tudo é transitório, a vida não se resume a esse curto intervalo de tempo entre o berço e túmulo. Iremos viver várias experiências e nessas varias experiências iremos passar na vida de muitas pessoas e muitas pessoas iram passar na nossa vida.

Mas não somos de ninguém e nem ninguém nos pertence. Temos que aprender a nos desapegar. A vida é cíclica e trás alegrias e tristezas. Estamos aqui reencarnados para experiência e aprendizagem, dentro dessa realidade iremos vivenciar momentos bons e ruins, porém com o mesmo objetivo. Tirar o melhor de tudo, aprender sempre. A vida tem turbulência. Estamos aqui para aprendermos usar os nossos potenciais, um deles é a serenidade. A serenidade é o nosso farol, a iluminar a consciência para as melhores atitudes nos piores momentos. A vida é ambivalente. Na vida há coisas que podemos e devemos modificar. Porém, também há coisas que só nos resta aceitar. Devemos buscar a lucidez necessária para distinguir uma coisa da outra. A vida está sempre certa. Só receberemos das leis soberanas o que a ela tivermos ofertado. É a lei de ação e reação. Disse Jesus “Não cai um fio de cabelo nosso que não esteja dentro da vontade do Pai”.
Todos os conhecimentos que a espiritualidade tem nos trazido até hoje são recursos para aprendermos a criar a paz que tanto sonhamos.

Por pense nisso: A paz começa em mim.
Vivemos num tempo de agitação. Tempo de conflitos, de aflições, "de guerras e de rumores de guerras". E eis que todo mundo deseja encontrar a paz, a tão sonhada paz.
Mas, o que é a paz ?

Seria a tranqüilidade, advinda do conforto material ?

Seria a segurança, provinda da conquista do poder transitório dos homens?

Ou seria a estabilidade, adquirida na aquisição das riquezas terrenas?


Não meus amigos, a paz não se resume em situações transitórias. Na verdade todo conforto, todas as conquistas, todas as riquezas do mundo são insuficientes para garantir a paz interior, tão desconhecida na Terra.
A paz traduz sim conforto, segurança e estabilidade, mas não material, e sim espiritual. Reflete a harmonia dos sentimentos, alcançada ao preço de inumeráveis experiências, infindáveis lutas,...
Poderíamos distinguir então, a paz do mundo, transitória, fugaz, que muitas vezes, reflete a indiferença pelos problemas por que passam os semelhantes e a paz do Cristo, profunda e constante, estável e definitiva, que sempre reflete a serenidade íntima, alcançada no cumprimento do dever, na busca constante do bem estar individual e coletivo, todavia, um bem estar espiritual, mais que físico.
Quando alguém está em paz consigo mesmo, poderá se encontrar num ambiente perturbado pela agitação de todos, que não perderá seu estado de espírito, em harmonia com a Lei de Deus. Por outro lado, se não temos paz conosco mesmo, de nada adiantaria sermos levados ao Céu, porque mesmo lá nos sentiríamos intimamente aflitos, intranqüilos.
O Cristo, em sua inesquecível passagem pela Terra, é o mais retumbante exemplo da Paz.

Mesmo vivendo rodeado pelos conflitos humanos, sendo constantemente perseguido, incompreendido, agredido; assistindo a todo instante o triste espetáculo de nossas fraquezas, de nossos erros, o Mestre jamais perdeu a Paz de Espírito, nunca deixou escapar a serenidade íntima. Nos momentos em que agiu com energia extrema, assim o fez com profundo equilíbrio, e nos momentos de intensa dor, padeceu com extrema resignação, refletindo a segurança que lhe ia na alma.
E é justamente o Cristo, quem pode nos fornecer a paz que tanto anelamos. Ao contato de seus sublimes ensinos, a alma se enche de energia para as lutas da vida, as lutas que nos conferem a paz. Ele mesmo nos prometeu conceder a paz:

"Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou: não a dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize."
Confiar em Jesus é crer no poder do bem. Esta confiança nos confere paz, imensa paz. Não há razão para temores, porque tudo se resolverá com o trabalho do bem. Não há motivos para perturbação, porque todos os problemas encontram solução na esfera do entendimento cristão. Então, mesmo num mundo, onde a guerra ainda persiste, perturbando a paz coletiva, ser-nos-á possível já, desfrutar a paz do coração, fortalecido no amor de Cristo; a paz de consciência, edificada no labor cristão.
A todos desejo muita paz, assim como a desejo para mim mesmo. Que o Cristo a nós conceda !

*** O QUE É O ESPIRITISMO


É o conjunto de princípios e leis, revelados pelos Espíritos Superiores, contidos nas obras de Allan Kardec, que constituem a Codificação Espírita: O Livro dos Espíritos, O Livro dos Médiuns, O Evangelho Segundo o Espiritismo, O Céu e o Inferno e A Gênese.


É o Consolador prometido, que veio, no devido tempo, recordar e complementar o que Jesus ensinou, "restabelecendo todas as coisas no seu verdadeiro sentido", trazendo, assim, à Humanidade as bases reais para sua espiritualização.


O que revela


Revela conceitos novos e mais aprofundados a respeito de Deus, do Universo, dos Homens, dos Espíritos e das Leis que regem a vida.
Revela, ainda, o que somos, de onde viemos, para onde vamos, qual o objetivo da existência terrena e qual a razão da dor e do sofrimento.


Qual a sua abrangência


Trazendo conceitos novos sobre o homem e tudo o que o cerca, o Espiritismo toca em todas as áreas do conhecimento, das atividades e do comportamento humanos.
Pode e deve ser estudado, analisado e praticado em todos os aspectos fundamentais da vida, tais como: científico, filosófico, religioso, ético, moral, educacional, social.


Pontos fundamentais:


Deus é a inteligência suprema e causa primária de todas as coisas. É eterno, imutável, imaterial, único, onipotente, soberanamente justo e bom.
O Universo é criação de Deus. Abrange todos os seres racionais e irracionais, animados e inanimados, materiais e imateriais.
Além do mundo corporal, habitação dos Espíritos encarnados (Homens), existe o mundo espiritual, habitação dos Espíritos desencarnados.
No Universo há outros mundos habitados, com seres de diferentes graus de evolução: iguais, mais evoluídos e menos evoluídos que os homens.
Todas as leis da Natureza são leis divinas, pois que Deus é o seu autor. Abrangem tanto as leis físicas como as leis morais.
O homem é um Espírito encarnado em um corpo material. O perispírito é o corpo semimaterial que une o Espírito ao corpo material.
Os Espíritos são os seres inteligentes da criação. Constituem o mundo dos Espíritos, que preexiste e sobrevive a tudo.
Os Espíritos são criados simples e ignorantes, evoluem intelectual e moralmente, passando de uma ordem inferior para outra mais elevada, até a perfeição, onde gozam de inalterável felicidade.
Os Espíritos preservam sua individualidade, antes, durante e depois de cada encarnação.
Os Espíritos reencarnam tantas vezes quantas forem necessárias ao seu próprio aprimoramento.
Os Espíritos evoluem sempre. Em suas múltiplas existências corpóreas podem estacionar, mas nunca regridem. A rapidez do seu progresso, intelectual e moral, depende dos esforços que faça para chegar à perfeição.
Os Espíritos pertencem a diferentes ordens, conforme o grau de perfeição a que tenham alcançado: Espíritos Puros, que atingiram a perfeição máxima; Bons Espíritos, nos quais o desejo do bem é o que predomina; Espíritos imperfeitos, caracterizados pela ignorância, pelo desejo do mal e pelas paixões inferiores.
As relações dos Espíritos com os homens são constantes, e sempre existiram. Os bons Espíritos nos atraem para o bem, nos sustentam nas provas da vida e nos ajudam a suportá-las com coragem e resignação. Os imperfeitos nos impelem para o mal.
Jesus é o guia e modelo para toda a Humanidade. E a Doutrina que ensinou e exemplificou é a expressão mais pura da Lei de Deus.
A moral do Cristo, contida no Evangelho, é o roteiro para a evolução segura de todos os homens, e a sua prática é a solução para todos os problemas humanos e o objetivo a ser atingido pela humanidade.
O homem tem o livre-arbítrio para agir, mas responde pelas conseqüências de suas ações.
A vida futura reserva aos homens penas e gozos compatíveis com o procedimento de respeito ou não à Lei de Deus.
A prece é um ato de adoração a Deus. Está na lei natural, e é o resultado de um sentimento inato do homem, assim como é inata a idéia da existência do Criador.
A prece torna melhor o homem. Aquele que ora com fervor e confiança se faz mais forte contra as tentações do mal e Deus lhe envia bons Espíritos para assistí-lo. É este um socorro que jamais se lhe recusa, quando pedido com sinceridade.


Prática Espírita


Toda a prática espírita é gratuita, dentro do princípio do Evangelho: "Dai de graça o que de graça recebestes".
A prática espírita é realizada sem nenhum culto exterior, dentro do princípio cristão de que Deus deve ser adorado em espírito e verdade.
O Espiritismo não tem corpo sacerdotal e não adota e nem usa em suas reuniões e em suas práticas: paramentos, bebidas alcóolicas, incenso, fumo, altares, imagens, andores, velas, procissões, talismãs, amuletos, sacramentos, concessões de indugência, horóscopos, cartomancia, pirâmides, cristais, búzios, rituais, ou quaisquer outras formas de culto exterior.
O Espiritismo não impõe os seus princípios. Convida os interessados em conhecé-lo a submeter os seus ensinos ao crivo da razão antes de aceitá-los.
A mediunidade, que permite a comunicação dos Espíritos com os homens, é um dom que muitas pessoas trazem consigo ao nascer, independentemente da diretriz doutrinária de vida que adote.
Prática mediúnica espírita só é aquela que é exercida com base nos princípios da Doutrina Espírita e dentro da moral cristã.
O Espiritismo respeita todas as religiões, valoriza todos os esforços para a prática do bem, trabalha pela confraternização entre todos os homens independentemente de sua raça, cor, nacionalidade, crença ou nível cultural e social, e reconhece que "o verdadeiro homem de bem é o que cumpre a lei de justiça, de amor e de caridade, na sua maior pureza".
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O Movimento Espírita


O Movimento Espírita é o conjunto das atividades que tem por objetivo colocar a Doutrina Espírita ao alcance e a serviço de toda a Humanidade, através do seu estudo, da sua prática e da sua divulgação.


O Centro Espírita


É escola de formação espiritual e moral, baseada no Espiritismo.
É posto de atendimento fraternal a todos os que o procuram com o propósito de obter orientação, esclarecimento, ajuda ou consolação.
É núcleo de estudo, de fraternidade, de oração e de trabalho, com base no Evangelho de Jesus, à luz da Doutrina Espírita.
É casa onde as crianças, os jovens, os adultos e os idosos tenham oportunidade de conviver, estudar e trabalhar, dentro dos princípios espíritas.
É oficina de trabalho que proporciona aos seus freqüentadores oportunidade de exercitar o aprimoramento íntimo, pela vivência do Evangelho em suas atividades.
É recanto de paz construtiva, propiciando a união de seus freqüentadores na vivência da recomendação de Jesus: “Amai-vos uns aos outros”.
Caracteriza-se pela simplicidade própria das primeiras Casas do Cristianismo nascente na prática da caridade, na total ausência de imagens, paramentos, símbolos, rituais, sacramentos ou outras quaisquer manifestações exteriores.
É a unidade fundamental do Movimento Espírita.


Seus Objetivos


Promover o Estudo, a Difusão e a Prática da Doutrina Espírita, atendendo e ajudando as pessoas:
que buscam orientação e amparo para seus problemas espirituais e materiais;
que querem conhecer e estudar a Doutrina Espírita;
que querem exercitar e praticar a Doutrina Espírita, em todas as suas áreas de ação.


texto baseado em matéria da Federação Espírita Brasileira.

***Os Fundamentos da Ética Espírita


A definição clássica da Ética é a de que ela é a ciência da moral, investiga o que é bom, está relacionada com a arte de viver.


A moral, por sua vez, são os usos e costumes estabelecidos em um grupo humano, em um determinado contexto histórico.


A ética estuda a moral, buscando-lhe as justificativas e não impõe regras. Mostra o que é adequado ou não e as conseqüências de tal ou qual comportamento.


A moral espírita é a moral evangélica, a que está nas regras de conduta contidas nos ensinamentos de Jesus.


A ética espírita fundamenta a adoção desse código de conduta pelas luzes trazidas pela ciência espírita.


Fazer o bem, amar o próximo, praticar a caridade, abandonar o orgulho e o egoísmo, almejar em primeiro lugar os bens da alma e tantas outras lições ensinadas por Jesus, fundamentam-se no fato de que somos espíritos em trânsito pela terra.


Estamos aqui para aprender e evoluir, sujeitos as leis universais como a de ação e reação.O Universo que percebemos é apenas parte da Criação. Ele se estende por outros domínios que escapam aos nossos sentidos e instrumentos. As leis físicas apresentadas pela ciência comum e usadas na tecnologia moderna representam uma parte pequena da realidade maior. São modelos que, ao longo do tempo, evoluirão e, em novas formulações, que surgirão com a evolução da humanidade, abarcarão muito do que hoje consideramos fora de seus domínios. Dia virá em que a ordenação moral do Universo, embutida na sua estrutura fundamental, estará tão clara para nossos cientistas quanto a lei da gravitação ou as modernas teorias da relatividade. A ciência espírita, no estudo dos fenômenos mediúnicos e das comunicações dos espíritos, nos permite avançar alguns passos na compreensão dessa realidade maior.


Hoje nos faltam sentidos que permitam compreender a Deus, qual sua natureza e a forma completa das leis universais pelas quais age. Mas Ele existe, essa é a mensagem trazida na codificação espírita. Ele é a inteligência suprema, a causa primária de todas as coisas e age incessantemente. Todos os fenômenos conhecidos do homem e os ainda desconhecidos, todas as leis que os descrevem, toda a ordenação física e moral do Universo têm nele sua origem.Essa conceituação de causa primária e da existência de uma ordenação moral do Universo, tão natural quanto a ordenação física percebida pela ciência da matéria, dá a ética espírita um instrumental de análise bastante poderoso. A conduta correta não se baliza apenas pelo costume, pelo pecado ou pela santidade, mas no que torna o ser mais equilibrado em relação ao Universo, no que o aproxima mais da felicidade e o afasta do sofrimento, no que agiliza sua caminhada rumo a perfeição ou no que dificulta e atrasa essa escalada.


Kardec iniciou o Livro dos Espíritos pelo capítulo do que é Deus.


Muito longe do conceito antropomórfico de um Deus semelhante a um imperador, que gratifica e castiga, ao qual se deve temer e bajular a fim de conseguir sua graça, este Deus que os espíritos nos apresentam é a fonte permanente de tudo o que existe e cabe ao homem se aproximar Dele pela adequação de sua conduta.


O destino de cada um de nós é de nossa inteira responsabilidade, resultado de nossas ações e de nosso estado de espírito, de como aproveitamos os recursos incessantemente oferecidos igualmente a todos por Ele.
(do boletim 526GEAE)

***O Espiritismo no Brasil


SUAS ORIGENS


INTRODUÇÃO

O objetivo deste trabalho é buscar as origens do Espiritismo no Brasil e sua trajetória através do tempo. O roteiro para este estudo é o seguinte: cenário internacional, primeiros passos do Espiritismo no Brasil, a fundação da FEB e alguns aspectos do movimento espírita na atualidade.


CENÁRIO INTERNACIONAL

O FENÔMENO DE HYDESVILLE


O livro de Arthur Conan Doyle, The History of Spiritualism, traduzido como A História do Espiritismo, relata a seqüência dos fenômenos mediúnicos ocorridos entre o Século XVIII e meados do Século XX.
Diz-nos que os espíritas tomaram oficialmente a data de 31 de março de 1848 — Fenômeno de Hydesville, em que duas crianças conversaram, através de pancadas, com um Espírito já desencarnado — como começo das coisas psíquicas, porque o movimento foi iniciado naquela data. Entretanto não há época na história do mundo em que não se encontrem traços de interferências preternaturais e o seu tardio reconhecimento pela humanidade" (Doyle, s. d. p., p. 33).
Uma data deve ser fixada para início da narrativa e, talvez, nenhuma melhor que a da história do grande vidente sueco Emmanuel Swedenborg (1688-1772), uma grande autoridade em Física e em Astronomia, autor de importantes trabalhos sobre marés e sobre a determinação das latitudes. Era zoologista e anatomista. Financista e político, antecipou-se às conclusões de Adam Smith. Finalmente, era um profundo estudioso da Bíblia. Dizia que "todas as afirmações em matéria de teologia são, como sempre foram, arraigadas no cérebro e dificilmente podem ser removidas; e enquanto aí estiverem, a verdade genuína não encontrará lugar". (Doyle, s. d. p., cap. I)
A história de Edward Irving (1792-1834), ministro presbiteriano, e sua experiência entre 1830 e 1833, é de grande interesse para a construção do pilar histórico do Espiritismo. Edward Irving, embora pertencesse àquela mais pobre classe de trabalhadores braçais escoceses, pregou carismas e dons miraculosos (curas e línguas estranhas) junto à Igreja à qual pertencia. Fato este que o tornou famoso. (Doyle, s. d. p., cap. II) Andrew Jacson Davis (1826-1910), profeta da nova revelação, com sua clarividência acurada, antecipou o famoso episódio de Hydesville. (Doyle, s. d. p., cap. III)


AS MESAS GIRANTES



O fato mediúnico marcante, após o episódio de Hydesville, é o fenômeno das mesas girantes, que assolou os Estados Unidos e a Europa, servindo de brincadeiras de salão, quando as mesas dançavam, escreviam batiam o pé e até falavam. É dentro desse contexto que surge a Doutrina Espírita.


CODIFICAÇÃO DO ESPIRITISMO POR ALLAN KARDEC



Das brincadeiras de salão, surge Hypollyte Leon Denizard Rivail — Allan Kardec—, um estudioso do magnetismo e do método teórico experimental em ciência. O magnetismo já vinha sendo estudado há algum tempo.
Historicamente, Mesmer descobre, em 1779, o magnetismo animal, Puysegur, em 1787, o sonambulismo e Braid, em 1841, o hipnotismo. Havendo uma disseminação muito grande dos fenômenos das mesas girantes, Kardec, ainda Hipollyte, foi convidado para assistir a uma dessas sessões, pois o seu amigo Fortier, magnetizador, dissera que além da mesa mover-se ela também falava. É aí que entra o gênio inquiridor do pesquisador teórico experimental. Assim, retruca: só se ela tiver cérebro para pensar e nervos para sentir e que possa tornar-se sonâmbula.
A partir daí, começa a freqüentar essas sessões, culminando, mais tarde, com a publicação de O Livro dos Espíritos, em 18/04/1857


PRIMEIROS PASSOS DO ESPIRITISMO NO BRASIL


PUBLICAÇÃO NA IMPRENSA DA ÉPOCA



Zêus Wantuil, em seu livro As Mesas Girantes e o Espiritismo, busca dados na imprensa da época, ou seja, no Jornal do Comércio do Rio de Janeiro, no Diário de Pernambuco e no Cearense relatos sobre os acontecimentos das "mesas girantes" na Europa e no Brasil. No dia 14/06/1853 é publicado, na seção exterior do Jornal do Comercio do Rio de Janeiro, notícias sobre as "mesas girantes", fatos que estão empolgando principalmente os Estados Unidos e Europa. (1957, p.125) No dia 02/07/1853, o Diário de Pernambuco, em sua seção "Exterior", de notícia procedente de Paris, e datada de 20 de maio , contava o correspondente que "não se pode por o pé em um salão, sem ver toda a sociedade em torno de uma mesa redonda, tendo cada um o dedo mínimo apoiado no do vizinho, e esperando todos em silêncio que a tábula queira voltear". (1957, p.127)

No dia 15/07/1853, o jornal O Cearense transcreve a primeira notícia sobre as mesas girantes, nos seguintes termos: "Apareceu agora em França um fato que despertou sumamente a curiosidade pública: quero falar-lhes das tábulas volteantes (tables tornantes) que embora tenham sido inventadas na América inglesa, os franceses deram carta de naturalização..." (1957, p. 134)


1.ª SESSÃO ESPÍRITA


Em 17/09/1865 —Salvador, Bahia —, é instalado o "Grupo Familiar do Espiritismo", o primeiro Centro Espírita do Brasil e, às 20h30min, Luís Olímpio Teles de Menezes preside a uma sessão mediúnica, onde se recebe a primeira página psicografada e assinada por "Anjo Brasil". Em julho de 1869, para melhor defender e propagar o Espiritismo, duramente atacado pelo clero e imprensa de Salvador, Luís Olímpio Teles de Menezes publica "O Echo D’Além-Tumulo" — Monitor Do Espiritismo no Brasil, o primeiro jornal espírita do Brasil. (Barbosa, 1987, p. 70 e 71)


GRUPO CONFÚCIO


Funda-se em 02/08/1873, por inspiração do Espírito Ismael, a "Sociedade de Estudos Espíritas — Grupo Confúcio", que pelo seu regulamento deveria seguir os princípios e as formalidades expostas em O Livro dos Espíritos e em O Livro dos Médiuns. Sua divisa era: "Sem caridade não há salvação; sem caridade não há verdadeiro espírita". Extingue-se em 1876. Composto de neo-espiritualistas, este grupo tinha a incumbência de:

1 - traduzir as obras de Allan Kardec;

2 - divulgar a homeopatia;

3 - escolher o protetor espiritual do Brasil. Joaquim Carlos Travassos faz parte desse grupo. Traduz O Livro dos Espíritos para o português e passa-o a Adolfo Bezerra de Menezes, que lendo-o pela primeira vez, pareceu-lhe que já lhe era familiar o conteúdo deste livro. (Barbosa, 1987, p.73 e 74)


HOMEOPATIA E PASSES MAGNÉTICOS


Por volta de 1840, ao influxo das falanges de Ismael, chegavam dois médicos humanitários ao Brasil. Eram Bento Mure e Vicente Martins, que fariam da medicina homeopática verdadeiro apostolado. Muito antes da codificação kardeciana, conheciam ambos os transes mediúnicos e o elevado alcance da aplicação do magnetismo espiritual. (Xavier, 1977)

Por que essa relação entre Homeopatia e Espiritismo?

A ligação entre a Homeopatia e o Espiritismo pode ser vista da seguinte forma: na Homeopatia a ação dos medicamentos não é de natureza material, química, mas sim de ordem dinâmica, fluídica; no Espiritismo consideramos a trindade universal – Deus, Espírito e Matéria – e acrescentamos o períspirito, transformação do fluido universal, a fim de se poder unir o Espírito à matéria. Como o Perispírito está ligado átomo a átomo, célula a célula ao corpo físico, tudo o que passa num, repercute imediatamente no outro. Nesse sentido, o equilíbrio funcional do perispírito pode ser perturbado por agentes fluídicos, da mesma natureza portanto que ele, e essa perturbação, repercutindo no corpo físico, torna-o também enfermo. Do mesmo modo, pela ação de elementos também fluídicos, porém, salutares, pode normalizar-se o perispírito e, consequentemente, o organismo material, intimamente ligado a ele, volve ao seu normal funcionamento. (Thiago, 1983, p. 11 a 13)

FUNDAÇÃO DA FEB


A MISSÃO DE BEZERRA DE MENEZES


Adolfo Bezerra de Menezes Cavalcanti (1831-1900) nasceu na Freguesia do Riacho do Sangue – Ceará – com a missão precípua de unificar o Espiritismo nas terras do Cruzeiro. Para tanto, torna-se presidente da FEB por duas gestões: 1889 e 1895 a 1900. A sua missão é relatada pelo Espírito Humberto de Campos em Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho nos seguintes termos: "Descerás às lutas terrestres com o objetivo de concentrar as nossas energias no país do Cruzeiro, dirigindo-as para o alvo sagrado dos nossos esforços. Arregimentarás todos os elementos dispersos, com as dedicações do teu espírito, a fim de que possamos criar o nosso núcleo de atividades espirituais, dentro dos elevados propósitos de reforma e regeneração". (Xavier, 1977, p.179)



UNIFICAÇÃO DO ESPIRITISMO



Depois que o Grupo Confúcio foi extinto, em 1876, o movimento espírita entrou numa fase de muita dissidência, pois cada dirigente queria dar ênfase a um único aspecto da Doutrina Espírita. Assim, uns defendiam exclusivamente o estudo do Evangelho, outros diziam-se Roustanguistas; uns arvoraram-se em científicos, outros diziam-se puros. Como conseqüência, a separação, a desunião, a luta. Foi justamente nesse estado de coisas que surgiu Bezerra de Menezes, a fim de equilibrar o movimento espírita, tornando-o forte, coeso e seguro, no sentido de criar condições para que o Brasil pudesse cumprir a sua missão de fornecedora do Evangelho ao mundo.



FUNDAÇÃO DA FEB



Para congregar tantas forças dispersas, o Sr. Elias da Silva reuniu em sua casa um grupo de dirigentes e fundou, no dia 1º de janeiro de 1884, a Federação Espírita Brasileira, tendo como primeiro presidente o Sr. Ewerton Quadros, e como órgão oficial a revista O Reformador ("órgão evolucionista"), fundada também pelo Sr. Elias da Silva, no dia 21 de janeiro de 1883. Mesmo assim não foi fácil o trabalho de unificação. Adolfo Bezerra de Menezes, que começou a sua atuação nestes anos, teve muita dificuldade para entender os espíritas. (Barbosa, 1987, p. 79 a 82)



MOVIMENTO ESPÍRITA NA ATUALIDADE



Cairbar Schutel (1868-1938), cognominado de bandeirante do Espiritismo, sendo um homem de fibra e de coragem, é colocado como um dos baluartes do Espiritismo. Dizia que sua tarefa estava limitada à divulgação da missão kardecista. Assim, inspirado na figura de Paulo de Tarso, empreendeu uma luta contra os dogmas da Igreja. Eurípedes Barsanulfo (1880-1918), famoso pelos seus desdobramentos, contribuiu eficazmente para a causa espírita. Não mediu esforços para a divulgação do Espiritismo, inclusive com ameaça de morte por parte de seus adversários. Francisco Cândido Xavier é, talvez, o mais eminente divulgador da Doutrina Espírita. Nasceu, no dia 02 de abril de 1910, na cidade de Pedro Leopoldo, em Minas Gerais. Aos 5 anos de idade, já conversava com o Espírito de sua mãe (desencarnada). Com mais de 400 livros psicografados (muitos dos quais, hoje, traduzidos e editados em várias línguas), presume-se que o autor tenha ficado mais de 11 anos em transe mediúnico. O Espírito Emmanuel (que já reencarnou como Públio Lêntulus, senador romano da antigüidade, e como Padre Manoel da Nóbrega), é o seu guia protetor. Além desses nomes podemos citar J. H. Pires, Yvone A. Pereira, Divaldo Pereira Franco e outros.



CONCLUSÃO



Estamos mundialmente entrelaçados: o que acontece num país, o outro fica logo sabendo. Muitas vezes descobre-se algo num país, mas é em outro que vemos o seu desenvolvimento. O Espiritismo é um exemplo prático. Nascido em França, teve o seu florescimento em nossa pátria. Hoje, não são poucos os adeptos brasileiros desta doutrina esclarecedora do mundo invisível.



BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

BARBOSA, P. F. Espiritismo Básico. 3. ed., Rio de Janeiro, FEB, 1987.

DOYLE, A. C. História do Espiritismo. São Paulo, Pensamento, s. d. p. THIAGO, L. S. Homeopatia e Espiritismo. 2. ed., Rio de Janeiro, FEB, 1983.

WANTUIL, Z. As Mesas Girantes e o Espiritismo. Rio de Janeiro, FEB, 1957. XAVIER, F. C. Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho. 11. ed., Rio de Janeiro, FEB, 1977.


ORGANIZAÇÃO DO ESPIRITISMO

NO BRASIL


O Conselho Federativo Nacional da FEB foi criado quando na assinatura do Pacto Áureo, em 5 de outubro de 1949, pelos representantes das seguintes instituições: Federação Espírita Brasileira, Liga Espírita do Brasil, Federação Espírita do Rio Grande do Sul, Federação Espírita Catarinense, Federação Espírita do Paraná, União das Sociedades Espíritas do Estado de S. Paulo e União Espírita Mineira.O Conselho Federativo Nacional da FEB foi criado com o objetivo de promover e trabalhar pela união dos espíritas e pela unificação do Movimento Espírita, para que as atividades de estudo, difusão e prática da Doutrina Espírita sejam fortalecidas e realizadas no seu devido tempo.Instalado em janeiro de 1950 e integrado pelas Federações e Uniões representativas dos Movimentos Espíritas estaduais e do Distrito Federal, o Conselho Federativo Nacional substituiu o antigo Conselho Federativo da FEB, que federava diretamente os Centros Espíritas de todo o País.Atualmente o CFN é composto pelas Entidades Federativas espíritas de todos os Estados do Brasil e do Distrito Federal (27), bem como de um quadro de Entidades Especializadas de Âmbito Nacional.Durante a década de 1950 houve um trabalho de esclarecimento junto às entidades espíritas sobre a importância e a diretrizes da tarefa de organização e unificação do Movimento Espírita brasileiro, realizado, principalmente, pela “Caravana da Fraternidade”. Na década de 1960 foram realizados os Simpósios Regionais de grande importância para o trabalho de unificação do Movimento Espírita: Centro-Sulino, em Curitiba (1962), Nordeste, em Salvador (1963); Norte, em Belém (1964); Centro-Oeste-Territórios em Cuiabá (1965); encerrando o ciclo com o Simpósio Nacional, no Rio de Janeiro (1966).No início da década de 1970 foram criados os Conselhos Zonais do CFN (Norte, Nordeste, Centro e Sul) que estudavam assuntos de interesses do Movimento Espírita e que eram concluídos nas Reuniões Plenárias.Em 1975, por proposta da representação de São Paulo, o CFN, através dos seus Conselhos Zonais, iniciou estudos mais aprofundados sobre o Centro Espírita, concluídos com a aprovação do documento “A Adequação do Centro Espírita para o melhor atendimento de suas finalidades”, em novembro de 1977, que destaca como entender e o que cabe ao Centro Espírita fazer. Por proposta da representação do Estado do Rio de Janeiro, o CFN continuou estudando o Centro Espírita no período de 1977 a 1980, quando concluiu o documento “Orientação ao Centro Espírita”, que oferece uma série de sugestões práticas para as suas atividades básicas.No período de 1980 a 1983 o CFN, através do seus Conselhos Zonais, estudou e elaborou um documento que trata da importância, das tarefas e das diretrizes do trabalho de unificação do Movimento Espírita, aprovado em novembro de 1983 com o título “Diretrizes da Dinamização das Atividades Espíritas”. Em 1984 o CFN aprovou o “Manual de Administração das Instituições Espíritas”, que, por delegação, vem sendo atualizado e editado pela USEERJ, do Estado do Rio de Janeiro.Em 1985, os Conselhos Zonais foram transformados em Comissões Regionais, proporcionando aos membros do CFN, em suas respectivas regiões, a oportunidade de trocar informações e experiências, bem como de unirem-se na realização de trabalhos que visem colocar em prática as diretrizes anteriormente aprovadas nos documentos já citados.Através do CFN foram lançadas as seguintes campanhas: Campanha de Evangelização Espírita da Infância e da Juventude, em 1977; Campanha do Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita, em 1983; Campanhas “Em Defesa da Vida” e “Viver em Família”, em 1994; e Campanha de Divulgação do Espiritismo, em 1996.As Entidades Federativas Estaduais que integram o CFN congregam os Centros e Sociedades Espíritas sediados em seus respectivos territórios. Em alguns Estados, as suas Entidades Federativas possuem órgãos locais e regionais para facilitar a dinâmica do seu trabalho.O CFN reúne-se ordinariamente uma vez por ano, durante três dias, para tratar de assuntos de interesse do Movimento Espírita, que visam promover, realizar e aprimorar o estudo, a difusão e a prática da Doutrina Espírita.As bases doutrinárias e as diretrizes gerais do trabalho de unificação do Movimento Espírita realizado pelo CFN/FEB são as que constam dos documentos que compõem o opúsculo “Orientação ao Centro Espírita” e dos textos que integram a Campanha de Divulgação do Espiritismo. Todas as Entidades que, direta ou indiretamente, integram o CFN (Entidades Federativas Estaduais, Entidades Especializadas de Âmbito Nacional, Centros e demais Sociedades Espíritas) mantêm a sua autonomia, independência e liberdade de ação. Os vínculos com o CFN tem por fundamento a solidariedade e a união fraterna, livre, responsável e conscientemente praticadas à luz da Doutrina Espírita, com vistas à sua difusão.As Entidades que compõem o CFN aceitam a integração e a participação em seus trabalhos de todas as Instituições Espíritas que tenham por objetivo o estudo, a difusão e a prática da Doutrina Espírita com base nas obras de Allan Kardec. A tarefa principal do trabalho de unificação consiste em colaborar com essas Instituições para que possam mais facilmente alcançar os seus objetivos, aprimorando as suas atividades e mantendo as suas realizações dentro dos princípios doutrinários.Todas as Instituições Espíritas, sediadas no território nacional, que desenvolvem suas atividades dentro dos princípios básicos da Doutrina Espírita contidos nas obras da Codificação Kardequiana estão, naturalmente, aptas a participar do esforço de unificação do Movimento Espírita, em trabalho de apoio recíproco e solidário, para uma mais eficiente difusão doutrinária.