segunda-feira, 23 de julho de 2007

*** REFLEXÕES (FELICIDADE - PAZ)



A FELICIDADE

Todos queremos ser felizes, viver melhor.
Entretanto, ouçamos a experiência.
A felicidade não é um tapete mágico.

Ela nasce dos bens que você espalha, não daqueles que se acumulam inutilmente. Tanto isto é verdade que a alegria é a única doação que você pode fazer sem possuir nenhuma. Você pode estar em dificuldade e suprimir muitas dificuldades dos outros. Conquanto às vezes sem qualquer consolação, você dispõe de imensos recursos para reconfortar e reerguer os irmãos em prova ou desvalimento. A receita de vida melhor será sempre melhorar-nos, através da melhora que venhamos a realizar para os outros. A vida é dom de Deus em todos. E quem serve só para si não serve para os objetivos da vida, porque viver é participar, progredir, elevar, integrar-se. Se aspirarmos a viver melhor, escolhamos o lugar de servir na causa do bem de todos. Para isso, não precisa você acondicionar-se a alheios pontos de vista. Engaje-se na fileira dos servidores que se lhe afine com as aptidões. Aliste-se em qualquer serviço no bem comum. É tão importante colaborar na higiene do seu bairro ou na construção de uma escola, quanto auxiliar a uma criança necessitada ou prestar apoio a um doente. Procure a paz, garantindo a paz onde esteja. Viva em segurança, cooperando na segurança dos outros. Aprendamos a entregar o melhor de nós à vida que nos rodeia e a vida nos fará receber o melhor dela própria. Seja feliz, fazendo os outros felizes. Saia de você mesmo ao encontro dos outros, mas não resmungue, nem se queixe contra ninguém. E os outros nos farão encontrar Deus. Não julgue que semelhante instrução seja assunto unicamente para você que ainda se acha na Terra. Se você acredita que os chamados mortos estão em paz gratuita, o engano é seu, porque os mortos se quiserem paz que aprendam a sair de si mesmos e a servirem também.
(Francisco Cândido Xavier por André Luiz.In: Respostas da Vida)




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PAZ

A PAZ COMEÇA EM MIM

Diante de tanta violência mostrada na televisão no dia a dia, como seqüestros, assaltos, assassinatos, guerras e terrorismos, acidentes, nós nos perguntamos como viver bem em dias como esses?

Como ter paz diante de tamanho caos?
A paz tem sido a grande ansiedade, o grande desejo da criatura humana desde os primórdios da humanidade. Ainda hoje nós esperamos que algo ou alguém nos traga essa paz que tanto sonhamos. Porém nos escondemos por trás de conceitos ultrapassados, do tipo “a terra é um vale de lagrimas” ou que “somos criaturas imperfeitas” e ficamos esperando um milagre, algo mágico ou que alguma religião nos der a paz que sonhamos.
Precisamos raciocinar e ver que a violência, o tumulto e o desequilíbrio de lá fora é reflexo direto da nossa violência e desequilíbrios internos, e que ninguém tem o poder de nos dar a paz tão sonhada, a não ser nós mesmos. Ainda ecoam a palavra de Jesus de há dois mil anos “os homens desejam a paz, mas não buscam as coisas que proporcionam a paz”.

Não devemos apenas desejar a paz, devemos buscá-la e buscá-la no lugar certo.
A paz não está em nos vestirmos de branco, em quebrar as armas e dar abraços simbólicos em monumentos.

A paz é nos vestirmos interiormente de harmonia,

desarmamo-nos interiormente

e abraçarmos verdadeiramente uns aos outros.


A PAZ, para Aurélio Buarque de Holanda em seu dicionário é:
1. Ausência de lutas, violência ou perturbações sociais; tranqüilidade publica; concórdia; harmonia.
2. Ausência de conflitos entre pessoas; bom entendimento, harmonia.

3. Ausência de conflitos íntimos; tranqüilidade de alma; sossego.


A paz, na visão espírita, é conquista individual, fruto do esforço de cada um, em ser hoje melhor do que ontem e assim sucessivamente.

Allan Kardec percebeu nos ensinamentos dos espíritos dicas importantes para facilitar esse nosso processo de crescimento espiritual. É sem dúvida a reencarnação a grande resposta para a maioria de nossos desassossegos, tormentos e conflitos íntimos.
Reencarnação consiste em admitir para o homem muitas existências sucessivas. Sendo que a cada nova existência o espírito dá um passo na caminhada do progresso; cada um no seu próprio ritmo há aqueles que avançam rapidamente e outros que demoram mais. Porém todos tendem á perfeição, e Deus nos proporciona todos os recursos para chegarmos lá. E é nisso que consiste a justiça divina. Somos nós os construtores de nosso próprio destino.

Diz Léon Denis:

Tua obra mais bela és tu mesmo”.
A reencarnação nos mostra sentido para vida, explica o porquê dos acontecimentos, mais também nos chama atenção para nossa própria responsabilidade diante do nosso fanal evolutivo que é a felicidade, a paz, a perfeição. Todos esses recursos são para serem usados agora e não num futuro longínquo. Todo o conhecimento que adquirimos com a reencarnação já poderia está facilitando nossas vidas, nos proporcionando paz interior e consecutivamente paz social, pois segundo Joanna de Ângelis quando um homem se levanta a humanidade se levanta com ele.
A espiritualidade nos mostra que os conceitos da reencarnação podem nos ajudar a encontrar a paz interior, simplesmente alterando a nossa maneira de ver e avaliar as pessoas e os acontecimentos da vida.
A reencarnação nos ensina:

Que ninguém é perfeito. Temos os germes da perfeição, estamos fadados a ela, porém ainda estamos a caminho e quem está a caminho, ainda não chegou lá. Por isso não podemos cobrar perfeição absoluta nem nossa e nem dos outros.

Ninguém é igual a ninguém. Temos a mesma origem, fomos criados simples e ignorantes. Temos a mesma destinação a perfeição. Porém estamos em estágios diferentes, precisamos respeitar essa realidade em nós e nos outros. Os outros são como são. Cada um tem sua própria bagagem evolutiva, o que faz com quer tenhamos gostos diferentes, valores diferentes e principalmente opiniões diferentes. Porém temos que aprender a usar a alteridade, ou seja, aprender a conviver com o diferente, dado a ele o direito de ser diferente. Os outros são os outros e só.

Tudo é transitório, a vida não se resume a esse curto intervalo de tempo entre o berço e túmulo. Iremos viver várias experiências e nessas varias experiências iremos passar na vida de muitas pessoas e muitas pessoas iram passar na nossa vida.

Mas não somos de ninguém e nem ninguém nos pertence. Temos que aprender a nos desapegar. A vida é cíclica e trás alegrias e tristezas. Estamos aqui reencarnados para experiência e aprendizagem, dentro dessa realidade iremos vivenciar momentos bons e ruins, porém com o mesmo objetivo. Tirar o melhor de tudo, aprender sempre. A vida tem turbulência. Estamos aqui para aprendermos usar os nossos potenciais, um deles é a serenidade. A serenidade é o nosso farol, a iluminar a consciência para as melhores atitudes nos piores momentos. A vida é ambivalente. Na vida há coisas que podemos e devemos modificar. Porém, também há coisas que só nos resta aceitar. Devemos buscar a lucidez necessária para distinguir uma coisa da outra. A vida está sempre certa. Só receberemos das leis soberanas o que a ela tivermos ofertado. É a lei de ação e reação. Disse Jesus “Não cai um fio de cabelo nosso que não esteja dentro da vontade do Pai”.
Todos os conhecimentos que a espiritualidade tem nos trazido até hoje são recursos para aprendermos a criar a paz que tanto sonhamos.

Por pense nisso: A paz começa em mim.
Vivemos num tempo de agitação. Tempo de conflitos, de aflições, "de guerras e de rumores de guerras". E eis que todo mundo deseja encontrar a paz, a tão sonhada paz.
Mas, o que é a paz ?

Seria a tranqüilidade, advinda do conforto material ?

Seria a segurança, provinda da conquista do poder transitório dos homens?

Ou seria a estabilidade, adquirida na aquisição das riquezas terrenas?


Não meus amigos, a paz não se resume em situações transitórias. Na verdade todo conforto, todas as conquistas, todas as riquezas do mundo são insuficientes para garantir a paz interior, tão desconhecida na Terra.
A paz traduz sim conforto, segurança e estabilidade, mas não material, e sim espiritual. Reflete a harmonia dos sentimentos, alcançada ao preço de inumeráveis experiências, infindáveis lutas,...
Poderíamos distinguir então, a paz do mundo, transitória, fugaz, que muitas vezes, reflete a indiferença pelos problemas por que passam os semelhantes e a paz do Cristo, profunda e constante, estável e definitiva, que sempre reflete a serenidade íntima, alcançada no cumprimento do dever, na busca constante do bem estar individual e coletivo, todavia, um bem estar espiritual, mais que físico.
Quando alguém está em paz consigo mesmo, poderá se encontrar num ambiente perturbado pela agitação de todos, que não perderá seu estado de espírito, em harmonia com a Lei de Deus. Por outro lado, se não temos paz conosco mesmo, de nada adiantaria sermos levados ao Céu, porque mesmo lá nos sentiríamos intimamente aflitos, intranqüilos.
O Cristo, em sua inesquecível passagem pela Terra, é o mais retumbante exemplo da Paz.

Mesmo vivendo rodeado pelos conflitos humanos, sendo constantemente perseguido, incompreendido, agredido; assistindo a todo instante o triste espetáculo de nossas fraquezas, de nossos erros, o Mestre jamais perdeu a Paz de Espírito, nunca deixou escapar a serenidade íntima. Nos momentos em que agiu com energia extrema, assim o fez com profundo equilíbrio, e nos momentos de intensa dor, padeceu com extrema resignação, refletindo a segurança que lhe ia na alma.
E é justamente o Cristo, quem pode nos fornecer a paz que tanto anelamos. Ao contato de seus sublimes ensinos, a alma se enche de energia para as lutas da vida, as lutas que nos conferem a paz. Ele mesmo nos prometeu conceder a paz:

"Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou: não a dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize."
Confiar em Jesus é crer no poder do bem. Esta confiança nos confere paz, imensa paz. Não há razão para temores, porque tudo se resolverá com o trabalho do bem. Não há motivos para perturbação, porque todos os problemas encontram solução na esfera do entendimento cristão. Então, mesmo num mundo, onde a guerra ainda persiste, perturbando a paz coletiva, ser-nos-á possível já, desfrutar a paz do coração, fortalecido no amor de Cristo; a paz de consciência, edificada no labor cristão.
A todos desejo muita paz, assim como a desejo para mim mesmo. Que o Cristo a nós conceda !