sexta-feira, 31 de agosto de 2007

*** DESCOBRINDO O PASSADO

Muitas pessoas afirmam desejar conhecer suas encarnações anteriores.
Uma boa parte delas espera ter animado importantes personalidades
históricas.
Reis e santos, poetas e intelectuais, sumidades as mais diversas não faltam
no imaginário dos candidatos à recordação.
Entretanto, é preciso lembrar que a lei do progresso vigora em toda a sua
plenitude.
Ela impede o retrocesso moral e intelectual.
As condições sociais podem variar significativamente ao longo dos séculos.
É possível passar-se da extrema riqueza à mais abjeta pobreza, de uma
encarnação a outra.
Esse movimento pendular presta-se a viabilizar a realização da justiça
Divina.
Mediante ele, o poderoso que elaborou leis iníquas para o povo,
posteriormente a elas se submete.
Quem lesou o patrimônio público terá oportunidade de se ressentir da falta
de educação e segurança públicas eficientes.
O mau patrão poderá experimentar a condição de empregado oprimido.
Essa oscilação nas condições materiais também auxilia o despertar da
sensibilidade.
O homem que olha insensível a dor alheia candidata-se a experimentá-la.
Nem toda dor é uma expiação.
O sofrimento é corolário da imperfeição.
Todo vício, toda insensibilidade, toda rudeza atrai a dor como um remédio
necessário.
Somente a perfeição moral e intelectual livra a criatura de experiências
dolorosas.
A partir de certo nível de desenvolvimento, o espírito desvincula-se das
experiências materiais.
Sem necessidade de vivências terrenas, a elas retorna por espírito de amor e
serviço.
Cumprindo missões, dá exemplo de genuína elevação moral e intelectual.
Mas o relevante é que a evolução conquistada jamais é perdida.
Nenhuma alma generosa de repente se torna mesquinha.
O homem intelectualmente superior não perde suas habilidades intelectuais.
Por certo, quem utilizou mal a inteligência pode renascer na condição de
idiota.
Ou viver em condições difíceis que não lhe possibilitem adquirir cultura.
Contudo, ordinariamente a alma expressa o seu potencial.
Assim, a criatura pode ter certeza de que se encontra no ápice de sua
evolução.
Ninguém jamais foi tão bondoso e inteligente como é hoje.
Ese raciocínio auxilia a perder ilusões quanto ao próprio passado
espiritual.
Quem atualmente detesta estudar, certamente nunca foi um intelectual.
O homem egoísta ou fútil de hoje pode ter como certo jamais ter sido um
santo, na acepção da palavra.
Raras pessoas têm recordações precisas do que viveram nos séculos
precedentes.
Entretanto, se a recordação detalhada não é possível, nem por isso é
inviável ter uma noção do que se viveu.
Para ter uma idéia do que se fez, basta analisar as tendências atuais.
E pensar que ocorreu uma melhora, ao longo do tempo.
As suas idéias inatas revelam o seu nível evolutivo e o caminho que você
trilhou.
Para se conhecer, preste atenção nos impulsos mais naturais de seu coração.
Caso seu agir e seu sentir instintivos tenham algo de egoísta, insensível ou
vulgar, convém refletir sobre isso.
Enquanto não burilar o seu íntimo, você permanecerá tendo experiências
dolorosas.
Então, é de seu interesse mais direto modificar o próprio comportamento e
livrar-se de velhas fissuras morais.
Afinal, mais importante do que saber o que você já viveu, é garantir que o
seu futuro seja pleno de felicidade e bem-estar.
Pense nisso.
Redação do Momento Espírita.

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

*** CONFIA EM TI MESMO

A confiança em si mesmo é segurança na pauta da vida; todavia, é indispensável que em primeiro lugar confiemos em Deus.
A vantagem maior é de quem confia,
por passar a compreender o próximo;
nós somente encontramos a justiça sendo injustiçados,
somente amamos quando alguém nos odeia
e perdoamos ao recebermos ofensas.
O revide nasce da ignorância.
Ao seres agredido por qualquer ação maléfica, não faças o mesmo;
ora pelo ofensor, que a vida te abençoará, de maneira que o teu caminho passa a ser teu melhor amigo.
Eis porque Jesus nos pede para amar ao próximo, para perdoar quem nos ofende e calunia.
Procura cientificar-te, meu irmão, de que quem dá recebe, o que busca acha e o que pede, recebe.
Certamente que devemos amar a Deus sobre todas as coisas, confiando em nós mesmos, porque Pai e filho têm de se encontrar em perfeita harmonia, para que a benevolência cresça sempre;
as leis feitas por Ele são justas.
O bem é luz, quando a alegria e a justiça acompanham a vida puramente em harmonia.
Precisamos estudar a natureza;
ela é fonte de trabalho e equilíbrio,
porque é o próprio Deus se mostrando em outra dimensão.
Em todo lugar em que estiveres, deves, depois de Deus,
confiar em ti mesmo,
porque fora disso não há solução para os problemas.

A Doutrina Espírita, movimento em favor da humanidade, surgiu na Terra para clarear a mente humana no tocante à própria vida,
dirigida por Jesus e usando os benfeitores espirituais.
O Senhor não se esquece de Seus filhos;
onde quer que estejamos, recebemos o que merecemos,
e nisto devemos agradecer ao Pai;
por isso também é que devemos confiar nas forças soberanas,
e em nossos valores.

Não devemos deixar no esquecimento o bem, pois ele nos dá forças, para todo o prosseguimento da vida imortal;
não devemos também nem pensar em viver no mal, pois o resultado dessa vivência são aborrecimentos
e, se pensarmos bem, fazendo o bem, é o que lucraremos.

O Evangelho nos ensina como devemos viver; seguindo Jesus não erraremos o caminho.
A confiança em Jesus é paz na consciência.
É de nosso proveito andar dentro da justiça, porque ela gera amor e o amor gera todas as virtudes existentes.
Confiemos no Supremo, que Ele já confiou em nós, e a vida se torna paz, quando há entendimento.
O nosso maior interesse deve ser o bem de todos, por que o bem de todos é o nosso próprio bem. Confiemos, que a vida se encontra ao nosso lado, nos abençoando sempre.
(João Nunes Maia por Miramez. In: Cura-te a ti mesmo)

*** INIMIGOS

Inimigo. A palavra traz uma carga negativa impressionante!
O inimigo é
alguém que desperta em nós os sentimentos mais primitivos: medo, ódio,
desejo de vingança.
Diante de um inimigo, as mãos ficam geladas, o coração bate forte, o sangue
pulsa nas têmporas.
E a pergunta surge: Como agir? O que fazer?
A resposta a essa pergunta foi dada pelo Cristo: Ama o inimigo, ora pelos
que te perseguem.
Mas, nós, que somos pessoas comuns, costumamos reagir a esse conselho de
Jesus.
E nos perguntamos:
Amar o inimigo?
Fazer o bem a quem nos feriu e maltratou?
E, em geral, concluímos: Impossível.
Para nós, a expressão "Amar o inimigo"
parece uma utopia.
Em alguns casos, até somos irônicos:
"Esse ensinamento de Jesus não é para
nós. Ainda somos muito imperfeitos."
O que acontece é que não entendemos corretamente o significado da palavra
"amar", quando se aplica ao inimigo.
Jesus era um sábio. Ele conhecia profundamente a alma humana. Você acha que
Ele iria sugerir algo que não seríamos capazes de fazer?
Claro que não! Todas as sugestões de Jesus são perfeitamente possíveis.
Porisso vamos examinar melhor essa questão do amor ao inimigo?
A primeira coisa é entender o que significa a expressão "amar o inimigo."
Com essas palavras, Jesus apenas nos convida a perdoar quem nos fez mal.
Ou,
no mínimo, apela para que não busquemos a vingança.
Parece difícil? Nem tanto. Vamos falar de forma prática.
Se alguém tem um inimigo, em geral, qual é a atitude que adota?
A maioria das pessoas mantém o inimigo permanentemente em seus pensamentos.
Não consegue pensar em nada, além da pessoa odiada.
E assim a vida segue. Quem odeia mantém-se escravo do inimigo.
Faz as refeições, dorme, acorda, trabalha e vive constantemente em meio a
esse sentimento de rancor, alimentando desejos de vingança.
Parece ruim? Pois é exatamente o que fazemos: deixamos o inimigo comandar a
nossa vida. Tornamo-nos escravos daqueles que odiamos.
Por isso a sabedoria da proposta de Jesus, que é a libertação dos laços que
nos prendem aos inimigos.
Perdoar é mais fácil. Deixa a alma mais leve, o corpo mais saudável, as
emoções sob controle.
Quando o Cristo pronunciou a expressão "amar o inimigo", na verdade,
ofereceu um caminho de equilíbrio e de serenidade.
É claro que o Cristo não espera que tenhamos pelos inimigos o mesmo amor que
dedicamos à família e aos amigos.
Jesus quer apenas que afastemos de nosso coração a mágoa, a infelicidade, o
ódio e o desejo de vingança.
Por isso Ele aconselhava: Orem pelos que vos ofendem.
E nessas preces, pedi a Deus que vos dê forças para superar a ofensa vivida.
Pedi também a Deus que vos ofereça oportunidade de ser útil àquele que vos
feriu.
Se essa oportunidade surgir, não deixemos passar a chance de sermos úteis e
bons. Gestos desse tipo fazem nascer na alma o sentimento de superação, de
etapa vencida.
É um momento único, encantador.
Pensemos nisso!
Equipe de Redação do Momento Espírita.

*** PESSIMISMO

Vez ou outra uma onda de pessimismo varre o País.
Fala-se em crise, crise muito séria, e a onda vai contaminando as pessoas.
Entra-se no Supermercado e escuta-se a reclamação dos preços."Já não se pode
comprar nada. O dinheiro não dá."
Mas quem assim fala não sai de mãos vazias. Ao contrário, sai com pacotes,
pacotinhos e até sacolas.
"0 salário está uma miséria."
Que ele anda defasado, está correto. Mas miséria é exagero.
O que ocorre é que se está pintando com tintas muito negras o céu do
presente.

Tudo isso nos recorda de uma história que colhemos em revista de grande
circulação nacional.

Um homem vivia na beira da estrada e vendia cachorro-quente.
Não tinha rádio e não lia jornais. Em compensação, seu cachorro-quente era
muito especial.
Ele resolveu colocar um cartaz na beira da estrada, anunciando a sua
mercadoria.
As pessoas paravam e compravam.
Então, ele aumentou o pedido de pão e salsichas, e acabou construindo uma
mercearia.
O negócio cresceu. Ele resolveu chamar o filho que estudava na Universidade,
para ajudá-lo a tocar o negócio.

O filho chegou e disse ao pai: "Papai, o senhor não tem ouvido rádio? Não
tem lido jornais? Não sabe que há uma crise no País e que a situação
internacional é muito perigosa?"

Diante disso, o pai pensou: "Meu filho estudou na Universidade, ouve rádio e
lê jornais. Ele deve saber o que está dizendo."

Então, reduziu os pedidos de pão e salsichas, tirou o cartaz da beira da
estrada e não ficou mais por ali apregoando os seus cachorros-quentes.
As vendas caíram do dia para a noite.

Convencido, o pai disse ao filho: "Você tinha razão, meu filho, a crise é
muito séria."

Crise se combate com trabalho, com bom ânimo, com esperança. Esperança de
dias melhores.
Por mais semelhantes que sejam, os dias não são iguais.
A chuva que ontem caiu não é a mesma de hoje, pois as gotas são outras.
O sol que ontem brilhou não o faz hoje da mesma forma.
A árvore da rua já não está com o mesmo número de folhas de ontem. O vento
arrancou algumas, outras caíram por si mesmas.
Há uma flor no jardim por onde você passa. Flor que ontem era só botão.
As pessoas que você encontra no ônibus, na rua não são exatamente as mesmas.
Já observou que nessas pequenas coisas está a mensagem de Deus de que nada
se repete exatamente igual?
Cada dia é um novo dia.
Oportunidades novas, chances que se apresentam.
O sol que se mostra espancando as trevas da noite que teima em ficar é a
mensagem do bom ânimo.
Sol, claridade, novo dia! Espanque as brumas do pessimismo com o sol do seu
sorriso, com sua disposição de vencer!
Hoje é um dia sem igual! Horas como as de hoje nunca as tivemos antes.
Ânimo! Hoje é dia de vencer, de triunfar!
Tornemos o nosso fardo leve, com Jesus no coração e muita disposição para
vencer. O cristão nasceu para ser um triunfador!
Você sabia?
....que Abraão Lincoln, o décimo sexto presidente dos Estados Unidos da
América do Norte, se candidatou para a Câmara e para o Senado duas vezes e
perdeu as duas vezes?
Durante a Guerra de Secessão perdeu diversas e importantes batalhas e perdeu
a popularidade também.
E você sabia que ele nunca se mostrou pessimista e é considerado uma das
mais notáveis personalidades da História da Humanidade?

Redação do Momento Espírita.





*** Cuidado com as palavras; a vitima pode ser Você

Sabemos que nossos pensamentos são poderosos, mas quando expressos através da palavra falada ou escrita, adquirem uma força incontrolável capaz de nos causar mal ou bem.
Logo, devemos tomar muito cuidado antes de expressarmos nossos pensamentos com as palavras.
De todas as poderosas armas de destruição que o homem foi capaz de inventar, a mais terrível - e a mais covarde - é a palavra.
Laminas afiadas, pólvora, energia atômica, dinamite e muitas outras energias utilizadas maleficamente pelo homem deixam rastros de destruição de muita dor e sangue, porém quando usadas para servir ao ser humano são altamente benéficas.
O que não dizer da energia atômica utilizada na medicina! – da dinamite para construção de represas, de laminas afiadas para delicadas cirurgias e tantos outros benefícios...
O mesmo se dá com as palavras.
Elas foram utilizadas para moldar a personalidade da maioria de nós pelos nossos pais, educadores, religiosos - desde a tenra idade na maioria das vezes - com dogmas, conceitos, preconceitos, falsas crenças e tantas frases e jargões que vão nos perseguir até o final de nossos dias neste planeta.
Eu diria que a palavra é como a desintegração do átomo, causa uma grande destruição de imediato, mas seu efeito maior é retardado, pois perdura por muitos anos causando silenciosamente danos no nosso espírito, em nossa mente e no nosso corpo físico.
Por anos a fio, muitas vezes, começando na fecundação e se propagando durante toda nossa vida, somos condicionados e forjados pela palavra, na maioria das vezes com criticas e humilhações que destruirão nossa auto-estima e segurança, gerando seres humanos com dificuldades de se relacionar, amar e em sua maioria perdedores em todas as áreas de suas vidas.
Seja nos relacionamentos amorosos, familiares, profissionais, na saúde física e mental e muitos outros, o que fará deles seres fracassados em algum setor de suas vidas, quando não em todos.
Quando conseguimos sair da tutela daqueles que nos criaram, seja quem forem, pensamos que tudo será diferente, mas isso é um terrível engano, pois a palavra continuará sua destruição com tudo que ainda virá de educadores, religiosos, parceiros(as), colegas de trabalho, amigos, inimigos, parentes, a sociedade, os veículos de comunicação, enfim tudo que possa chegar aos nossos ouvidos e nossos olhos através da palavra.
E sua força é incontrolável, pois tudo que recebemos através da palavra irá passando inexoravelmente de geração para geração.
Porém, quando se consegue perceber o outro “gume” dessa poderosa arma, passando a utilizá-la para proporcionar somente benefícios, seu poder de destruição se transformará numa ferramenta poderosa capaz de operar verdadeiros milagres.
Seu “poder de fogo” é tão forte que podemos cristalizar efeitos benéficos ou maléficos para nós e para todos que amamos, atingindo também animais, vegetais, automóveis, equipamentos eletrônicos e etc..
Então procure analisar qual “gume” dessa poderosa arma está usando ou qual foi usado com você, seus familiares, amigos, colegas, enfim, todos e tudo que faz parte de sua vida. – (destruição ou construção).
Vamos agora enumerar algumas dessas “munições” que são muito ‘disparadas’ para propagar o poder de destruição da palavra; algumas são bem antigas, mas continuam atuais, pois tem grande “poder de destruição” .
- Quem nasceu para tostão nunca chega a milhão.
- Para viver você tem que suar a camisa.
- É mais fácil um camelo passar na funda de uma agulha do que um rico entrar no céu.
- Dinheiro não traz felicidade.
- Abundancia financeira é fruto de atitudes desonestas.-
O dinheiro se esvai pelo meio dos dedos.
- Não sei ganhar dinheiro.
- Homens são todos iguais.
- Você é um pecador(a).
- Essa criança só me dá problema.
- Que feio, não gosto mais de você.-
Eu devia ter te abortado.
- Você é burro(a) e nunca vai ser nada na vida.
- Não sei onde estava com a cabeça quando casei com você.
- Vá para o inferno.
- Ciúme é o tempero do amor.
- Esse carro leva todo meu dinheiro.
- Na TV não tem nada que presta.
- Não agüento mais tantas contas para pagar.( como se as contas caíssem do céu, com a agravante de destruir a crença de alguém que acreditou que tinhas condições de pagar e por isso lhe deu crédito).
- Eu não mereço tanta alegria.
- Tudo de ruim acontece comigo.
Encheríamos paginas e paginas com palavras, jargões e frases que tem imenso poder de causar o mal.
Sei que o trabalho é árduo e por vezes doloroso, mas para colhermos tudo que nos traga alegria, paz e prosperidade, temos que mudar nossa maneira de pensar impregnando nossa mente e o nosso espírito com padrões de pensamentos construtivos, tais como:
- Atraio tudo de bom que é meu pelo direito divino.
- Nada e ninguém interferem na minha felicidade.
- Abençôo minhas contas para pagar, pois se devo é porque tenho condições de honrá-las.
- O dinheiro vem a mim com alegria e sem dificuldade.
- Eu tenho muitos talentos e habilidades, por isso nada temo.
- Sou digno(a) e merecedor(a) para receber tudo de bom que existe no manancial Divino.- Trato o dinheiro como meu melhor aliado.
- Toda e qualquer mudança é porque algo de bom está para acontecer.
- Por você eu faria tudo novamente.
- Peço perdão por tudo que lhe causei.
- Também o perdôo por tudo.
- Abra os braços e diga em alto e bom tom: “Atraio muita alegria, segurança, paz, saúde e prosperidade para mim, meus familiares, amigos e toda a humanidade”.
É lógico que nossa mente não aceita mentiras como, por exemplo, dizer a um deficiente visual que ele enxerga. - mas também não precisamos colocar mais “lenha na fogueira” dizendo que ele nunca poderá vencer na vida ou chamá-lo de coitado...
e por aí vai...

terça-feira, 21 de agosto de 2007

*** LIVRE ARBÍTRIO

Somos livres para escolher,
mas prisioneiros das consequências...






 






segunda-feira, 20 de agosto de 2007

*** ALGUMAS INVENÇÕES CATÓLICO-ROMANAS

ALGUMAS INVENÇÕES CATÓLICO-ROMANAS ADOTADAS DURANTE UM PERÍODO DE 1650 ANOS, DEPOIS DE CRISTO


Orações pelos mortos,
começaram ao redor dO ANO..... 300 depois de Cristo (DC)

Fazer o sinal da cruz ..........................300 DC

Velas de .......... 320 DC

Lei dominical promulgada por Constantino,
ordenando o repouso no primeiro dia da semana..... 321 DC

Concílio de Laodicéia,
adota o Domingo como dia do Senhor................. 346 DC

Veneração dos anjos e de santos mortos,
e o uso de imagens ........................ 375 DC

Missa como celebração diária.......................... 394 DC

Começo da exaltação de Maria,
o termo de Mãe de Deus,
cuja primeira aplicação deu-se no Concílio de Éfeso. ....431 DC

Sacerdotes começam a vestir-se
de forma distinta da dos leigos.......................... 500DC

Extrema-unção ...................................................... 526 DC
A doutrina do purgatório,
estabelecida por Gregório I .................................. 593 DC

O latim usado nas orações e cultos,
imposto por Gregório I ....................................... 600 DC

Orações dirigidas a Maria,
santos mortos e anjos .......................................... 600DC

Título de Papa
ou Bispo Universal dado a Bonifácio III
pelo Imperador Focas........................................... 607 DC

Beijar o pé do Papa,
começa com o Papa Costantino............................ 709 DC

Culto à cruz, imagens e relíquias autorizado em..... 786 DC

Água benta misturada
com um pouco de sal
e abençoada por um sacerdote ........................... 850 DC

Culto a S. José. ...................................................... 890 DC


Colégio de Cardeais estabelecido em ................. 927 DC

Batismo de sinos,
instituído pelo Papa João XVIII. .................... 965 DC

Canonização de santos mortos,
pela primeira vez, pelo Papa XV. .................... 995 DC

Jejum nos dias:
Sexta-feira e durante a Quaresma.................. 998 DC


Celibato do sacerdócio
decretado por Gregório VIII (Hildebrando)....... 1079 DC

O Rosário, oração mecânica com contas
inventada por Pedro o Ermitão ........................ 1090 DC


Confissão auricular de pecados,
ao sacerdote em vez de a Deus,
instituida por Inocêncio no Concílio de Latrão.... 1215 DC

Missa ensinada por Pascácio Rodbert.
Séc.IX, é aprovada no Concílio de Latrão........... 1215 DC


Adoração da hóstia
decretada pelo Papa Honório III. ..................... 1220 DC

Proibição da bíblia aos leigos
e colocada no índice de livros proibidos
pelo Concílio de Valença. ................................... 1229 DC


O Escapulário inventado
por Simão Stock, um monge inglês. .................. 1251 DC

É proibido ao povo o uso do vinho da comunhão
no Concílio de Constança. .................................. 1414 DC


O Purgatório proclamado
como um dogma pelo Concílio de Florença......... 1439 DC

A doutrina dos Sete Sacramentos confirmada. ... 1439 DC


Ave Maria (parte da última metade
foi acrescentada 50 anos depois
e aprovada pelo Papa Sixto V,
no final do século XVI). ..................................... 1508 DC

Jesuítas, ordem fundada por Loyola. . .............. 1534 DC

Tradição, declarada de
igual autoridade que a Bíblia
pelo Concílio de Trento ........................................ 1545 DC

Livros apócrifos, acrescentados
à Bíblia pelo Concílio de Trento. .......................... 1546 DC
1546

Credo do Papa Pio IV, imposto como credo. ..... 1560 DC

Imaculada Conceição da Virgem Maria,
proclamada pelo Papa Pio IX .............................. 1854 DC
1854

Sílabo de erros, proclamado pelo Papa Pio IX e ratificado pelo Concílio Vaticano, condenando a liberdade de culto, de consciência, de pregação, de imprensa e os descobrimentos científicos que são desaprovados pela Igreja Romana; sustentando a temporal autoridade do Papa sobre todos os governantes civis. ................................... 1864 DC

Infalibilidade do Papa
em matéria de fé e de moral proclamada

pelo Concílio do Vaticano ............................... 1870 DC


Assunção da Virgem Maria
(ascenção corporal ao Céu,
pouco mais depois de sua morte)
proclamada por Pio XII.......................... 1950 DC


Maria, proclamada
Mãe da Igreja pelo Papa Paulo VI. ................ 1965 DC


Além disto, muitas outras: padres, freiras, conventos, 40 dias de Litania, Semana Santa, Domingo de Ramos, Quarta-feira de cinzas, Dia de Todos os Santos, dias nos quais não se pode comer carne ou só peixes, incenso, óleo sagrado, ramos sagrados, medalhas de Cristóvão, amuletos, novenas e outras.



SANTÍSSIMA TRINDADE

“... É no tumultuado Concílio de Nicéia (325 DC) e outros que começaram a instituir os Dogmas da Igreja, entre eles o da Santíssima Trindade e, conseqüentemente, o do Espírito Santo e o da Divindade de Jesus, que não existiam entre as primeiras gerações das comunidades cristãs,

E do citado Concílio o Bispo de Roma não teve uma participação direta, pois que à frente de tudo estava o Imperador Constantino.

Ademais, o papa não era ainda bem um papa, porque esse privilégio de o Bispo da Capital do Império Romano ser o bispo mais importante de todos, a ponto de mandar nos outros todos, estava ainda muito no início.

Por isso foi também o próprio Imperador Constantino quem convocou e presidiu esse Concílio.

E, ainda, sobre o Espírito Santo, poucas pessoas sabem que, no original grego, fala-se em “um Espírito Santo” (Pneuma Hagion).

Como no Grego não há artigo indefinido “um”, traduzindo-se essa expressão Pneuma Hagion para outras línguas que possuem o artigo indefinido, como o Português, ele deve aparecer na tradução, sob pena de ficar errada a tradução.

Só se poderia colocar nas traduções o artigo definido “o” (ho, em Grego), se ele tivesse sido empregado pelos autores sagrados no texto original, que ficaria assim: “ho Pneuma Hagion” .

Por outro lado, o Velho Testamento não fala em Santíssima Trindade nem em Espírito Santo, a não ser quando se refere ao espírito santificado de alguém, só nos ensinando que havia um Deus único
(para mais detalhes sobre isso, consultem o livro de nossa modesta autoria: “A Face Oculta das Religiões”, no capítulo sobre a Santíssima Trindade, Ed.Martin Claret,SP, 2000).

Isso explica por que os cristãos dos primórdios do Cristianismo não conheciam a Santíssima Trindade, o Espírito Santo nem a Divindade de Jesus.

O Espírito Santo, sim, era conhecido, mas, como vimos, sob a forma de “um” Espírito Santo, ou seja, o espírito encarnado ou desencarnado, mas jamais como sendo a Terceira Pessoa da Santíssima Trindade, de que nem sequer se ouvia falar.

Foi por isso que São Paulo disse que somos templos de um (como está no original grego) Espírito Santo.

Já a Divindade de Jesus foi aprovada no Concílio de Nicéia (325 DC) por um voto, apenas, de diferença, apesar da pressão do Imperador Constantino, com ameaças de punições, como o exílio no deserto, para os que votassem contra a proclamação da Divindade de Jesus, que, até então, só era aceita por uma minoria da Igreja.



O famoso e respeitado teólogo Ário era o líder dos contrários à instituição do Dogma da Divindade de Jesus, o qual contava com o apoio de mais de 300 bispos do mundo até então cristão. “
José Reis Chaves

*** ARTICULADORA DA PAZ

O mundo ainda é dos homens. São eles que dominam o mercado financeiro, a
política, as nações.
São eles que ditam a moda, que dizem como a mulher deve se vestir, se
calçar.
Hoje, a moda é ser magra, Top Model, busto grande, medidas certinhas.
Os homens querem assim e as mulheres se submetem.
Ao menos, uma porção
delas, que idealizam que o bom é ser fotografada, cobiçada e adulada.
Para isso, não há medida para os sacrifícios.
Dietas rigorosas, malhação,
poções ditas milagrosas para manter a forma física impecável.
As revistas que trazem receitas com dietas emagrecedoras vendem edições sem
conta.
E as mulheres colocam silicone aqui, acolá, para ficar como dita a moda.
Submetem-se a cirurgias e modificam o nariz, a face.
E se entregam a toda sorte de atitudes, para aparecerem na revista, no
jornal, na televisão.
Vestem trajes que deixam à mostra o busto, as pernas, as costas. Quase tudo.
Cós baixo, mini blusa, calça ajustada nas coxas, saia curta.
Paradoxalmente, estamos vivendo o momento em que 56% das cadeiras
universitárias são ocupadas por mulheres.
Momento em que as mulheres se sobressaem na magistratura, na pesquisa
científica, na política, no jornalismo.
Momento das mulheres que assumem o lar, vão à luta, sustentam a casa, educam
os filhos sozinhas.
Mulheres de coragem que não temem levantar pela madrugada, preparar o café,
levar os filhos para a creche e enfrentar oito horas de trabalho.
Depois, buscar os filhos na creche, ajudar fazer a lição, cozinhar, lavar,
passar.
Todo dia, seis ou sete dias por semana.
E, quando chega o domingo, é preciso
levar as crianças ao parque, andar de bicicleta, ajudar a estudar para a
prova.
Uma rotina infindável!
E ei-las ativas.
Heroínas anônimas, que não aparecem na TV.
Muitas delas já abandonaram a
silhueta da mocidade há muito tempo.
Aumentaram o tamanho do manequim, depois de muitas crianças geradas.
As pernas não têm a elegância das modelos. São pernas rijas, por vezes
crivadas de varizes, por cuidados que não puderam se permitir, por repouso
que não puderam gozar.
Por esforços além do possível que tiveram que empreender.
São essas mulheres as articuladoras da paz.
Elas detestam a guerra, as
gangues, a violência.
Porque isso tudo lhes rouba os filhos, razão de sua própria vida.
Por isso, elas lutam por mais vagas nas creches.
Por mais segurança na saída
das escolas.
Por isso elas educam os filhos no lar, ensinam valores morais, comparecem
aos templos religiosos.
As mulheres. Articuladoras da paz.
Por elas, os problemas seriam resolvidos na mesa das discussões, sem
confrontos bélicos, que fazem jorrar sangue.
Por elas, todas as crianças teriam um lar, comida, roupa, creche, escola.
Todas ganhariam presentes no natal e teriam doce à mesa, para a sobremesa.
Todas poderiam tomar sorvete, andar de roller e de skate.
Isso porque a
mulher mãe não distingue os seus dos filhos alheios.
Ela sabe o que é gerar e amar um filho. Ela sabe o quanto dói a dor do
filho.
Oxalá esteja próximo o dia em que as mulheres objeto se unam a essas
lutadoras de todos os dias. Oxalá se unam e mostrem toda sua força.
Oxalá... Porque desejamos paz ao Mundo. Desejamos ter crianças brincando no
parque sem medo. Jovens nos bancos universitários.
Mulheres que honram o Mundo com suas presenças.
Redação do Momento Espírita, a partir de pronunciamento da roqueira Rita
Lee.


*** INTRIGA

Amiga íntima da perturbação, a intriga é enfermidade da alma que tem de ser combatida a qualquer esforço.

Sua ação perversa consegue manchar as mais puras esperanças e destruir as mais sólidas edificações do esforço nobre.

Insinua-se e se estabelece, apoiada na leviandade e normalmente, na ociosidade - que nela encontra excelente campo para a fermentação da sua virulência.

Com habilidade, converte palavras ingênuas em punhais afiados e altera fatos que se tornam tragédias,
com objetivos de denegrir e desvirtuar.

O intrigante, por viver estimulado pela peçonha que o envenena, compraz-se em desprezar, agredir, adulterar a verdade.

Tem sempre de que falar mal.

Julga os outros por si.

Transfere das suas próprias imperfeições, os complexos infelizes com que adorna os outros.

É fiscal relapso.

Não ama.

Cultiva a irritabilidade, porque se intoxica com o que vitaliza intimamente.

Agressivo, também sabe dissimular.

Rude, por temperamento rebelde, estima as cenas chocantes e faz-se vulgar.

Não se atemoriza ante o escândalo, até mesmo o estima.

Não se constrange em se apresentar como se nada houvesse acontecido.

Quem é verdadeiro, não dá guarida à intriga.

O cristão deve detestá-la.

O homem de bem não pode ser conivente com o intrigante.

O cristão não o escuta.

A
pessoa moralmente sadia repudia a intriga e não dá acesso ao intrigante.

O cristão interrompe o intrigante e não permite que a intriga influencie suas decisões.

Não te descuides.

A
intriga chega-te ao ouvido muitas vezes disfarçada como queixa, noutras situações assume a máscara de vítima com que te ilude.

Preserva o teu coração em paz, a fim de que vivas com alegria.

Coloca o sumo da verdade na ferida da intriga e ela cicatrizará.

Silencia as informações doentias que de forma alguma te ajudarão, mesmo que sejam verídicas, não permitindo que a palavra impiedosa do intrigante te arruíne interiormente.

O mal sempre faz mal a quem se conduz de forma infeliz.

Opera com Jesus onde estejas e esforça-te por identificar, apenas, o lado bom de todos e de todas as coisas que facilmente descobrirás, prosseguindo, tranqüilo e ditoso, no trabalho a que foste chamado e que executas com abnegação, conservando tua felicidade de servir sem te preocupares com as imperfeições alheias que te tragam ao conhecimento.

(Divaldo P. Franco por Joanna de Ângelis. In: Rumos libertadores)

sábado, 18 de agosto de 2007

*** ANOTE HOJE

Anote quanto auxílio poderá você prestar ainda hoje.

Em casa, pense no valor desse ou daquele gesto de cooperação e carinho.

No relacionamento comum, faça a gentileza que alguém esteja aguardando conforme a sua palavra.

No grupo de trabalho, ouça com bondade a frase menos feliz sem passá-la adiante.

Ofereça apoio e compreensão ao colega em dificuldade.

Estimule o serviço com expressões de louvor.

Quanto puder, procure resolver problemas sem alardear seu esforço.

Em qualquer lugar, pratique a boa influência.

Desculpe faltas alheias, consciente de que você também pode errar.

Observe quanto auxílio poderá você desenvolver no trânsito, respeitando sinais.

Acrescente paz e reconforto à dadiva que fizer.

Evite gritar para não chocar a quem ouve.

Pague a sua pequena prestação de serviço à comunidade, conservando a limpeza, por onde passe.

Sobretudo, mostre simpatia e reconhecerá que o seu sorriso, em favor dos outros, é sempre uma chave de luz para que você encontre novas bênçãos de Deus.

* * *

Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Amanhece.
Ditado pelo Espírito André Luiz.

sexta-feira, 17 de agosto de 2007

*** Comentando



Allan Kardec, o magnífico Educador e Codificador da Doutrina Espírita, sob a égide de elevados amigos espirituais que lhe presidiram os trabalhos, nos alertava para alguns pontos fundamentais no desenvolvimento da Doutrina Espírita:
  • a evolução é o único determinismo do Universo, e ela (a evolução) ocorrerá mesmo a nossa revelia, sem que nada possamos fazer. Tudo no Universo está sujeito a evolução, que gera aprendizado, o que por sua vez serve como alicerce para o processo evolutivo;
  • as revelações que os espíritos nos trazem, são sempre compatíveis com a época em que ocorrem, pois os Espíritos Elevados respeitam nossas limitações, atuam dentro de nosso nível de conhecimento e consciência e não violam jamais o nosso livre arbítrio, nem nosso livre aprendizado. Seus ensinos são sempre para consolidar um nível de conhecimento que já está permeando a humanidade, porém sem induzir rumos ou "pular etapas" de aprendizado e desenvolvimento;
  • as explicações dos espíritos sobre muitos pontos da Doutrina, estão muitas vezes limitadas pela ainda parca evolução intelectual da humanidade, pela pobreza de nosso vocabulário e pela inexistência de referenciais que lhes permitam exemplificar corretamente o ensino;
  • assim como a Doutrina Espírita veio a seu tempo lançar luz e clarear muitos pontos obscuros do Evangelho, a evolução do conhecimento humano e das ciências possibilitará que vários pontos do Espiritismo sejam clareados, provados, discutidos e aprofundados;
  • a razão, a análise lógica, o raciocínio coerente e a comprovação científica, segundo Kardec, deveriam ser suficientes para que a Doutrina viesse a agregar novos conhecimentos e alterar conceitos errôneos e incompletos de seu conhecimento e de seu ensino, devendo ser imediatamente incorporados a Filosofia, Ciência e Moral Espírita como parte de sua evolução;
  • as obras da Codificação Espírita constituem-se no alicerce, na fundação, na base do Espiritismo, base esta sobre a qual se erguerá o Edifício da Doutrina. Esse edifício está sendo construído a partir da evolução do conhecimento e da ciência, junto com os novos ensinos trazidos pelos Espíritos Elevados. A Codificação não é a obra acabada, mas sim seus alicerces.

Trazemos estes pontos à reflexão, pois muitos Espíritas estão se esquecendo dessas colocações, e estão passando a considerar as Obras Básicas da Codificação como verdadeiros "Livros Sagrados", que contém a "verdade" da Doutrina, sendo "intocáveis" e "inquestionáveis" sobre tudo o que se refere ao Espiritismo.

Para essas pessoas, qualquer ponto que não possa ser rigorosamente "achado" nas Obras Básicas, é colocado sob suspeição e até sumariamente rejeitado, independente de toda a lógica, de toda a razão e de toda a comprovação científica que possa trazer embutido, atitude essa que contraria frontalmente o que Kardec colocava como normal e necessário para a própria sobrevivência da Doutrina.

É evidente que a época em que as Obras da Codificação foram escritas, o nível de conhecimento e as limitações da linguagem, impediam o aprofundamento de muitos pontos cruciais da Doutrina, e dificultam sobremaneira o entendimento da "verdade completa" sobre muitos tópicos e itens. Hoje, com novos conhecimentos científicos, culturais e uma linguagem mais avançada e flexível, certas explicações aparecem, lógicas, coerentes e até mesmo provadas, mas que são rejeitadas por "....irem contra Kardec....", por "...contrariarem Kardec....".

Mas o Codificador já previa isso. Não pretendia ele ser o "Dono da Verdade". Nem ele, nem os Espíritos Superiores. Sabiam que a "verdade" é relativa, apenas representa o conhecimento cultural e científico daquele momento específico. Por exemplo, até poucos anos atrás, os estados da matéria eram três (sólido, líquido e gasoso). Quantos de nós sabem quais são os estados da matéria hoje? Já são aceitos pelo menos seis, e alguns estudos começam a provar a existência de outros. Se admite hoje a possibilidade de 14 estados diferentes da matéria. Os cientistas da década passada estavam errados? Não, eles detinham apenas "parte da verdade". E os de hoje apenas detêm uma parte um pouco maior dessa "verdade".

Kardec era infalível? Essa pergunta dói. E como incomoda. Alguns Espíritas simplesmente se recusam a refletir sobre isso. Mas sabemos todos que a resposta é não. Kardec era falível, os médiuns que trabalharam com ele eram falíveis. Além disso, existia um conhecimento científico e cultural limitado na época. Os Espíritos Elevados estavam limitados em sua atuação e em seus ensinos por essa realidade.

As obras básicas são infalíveis? Claro que não, pelo mesmos motivos expostos no parágrafo anterior. Mas os Espíritos Superiores não revisaram todo o trabalho da Codificação? Não corrigiram todos os erros? Não completaram todas as lacunas? E a resposta é novamente não, pelo motivo que o próprio Kardec nos colocava, orientado pelos Espíritos Superiores: "...o livre arbítrio é absolutamente inviolável...".

Não podemos tornar as obras da Codificação, nem mesmo o Livro dos Espíritos, nem o Evangelho Segundo o Espiritismo, nem o Livro dos Médiuns, nenhum deles, na "Bíblia Sagrada" dos Espíritas. Kardec não queria isso e nos alertou sobre isso.

Temos que nos lembrar que muitos dos conceitos mais modernos da Doutrina Espírita, já assimilados e incorporados pela prática espírita, em âmbito até mundial, nos foram trazidos pela mediunidade de Francisco C. Xavier, psicografando André Luiz, cujos ensinos "revolucionaram" a Doutrina Espírita. No que se refere ao perispírito, ao passe, as energias e a muitos outro itens, grande parte do ensino de André Luiz não é encontrado nas Obras Básicas. Mas os conhecimentos e ensinos trazidos estão certos. E são aceitos pela maioria das Casas Espíritas, paradoxalmente, mesmo sem muita análise e reflexão.

Hoje temos novos autores, Pesquisadores de Nível Universitário, Mestres , Doutores e Pós-Doutores, Filósofos, Médicos, Físicos, Cientistas enfim, que vêm trazendo novos e profundos conhecimentos para o Espiritismo. Simplesmente rejeitar esses novos conhecimentos científicos e culturais, sob a alegação de que "...não estão em Kardec...", ou porque "...vai contra o que colocou Kardec..." é no mínimo negar tudo o que disse e pensou o nosso Mestre Lionês.

Temos ainda que nos lembrar que hoje, não existe quem possa fazer o trabalho que Kardec fazia, de compilar, analisar e sistematizar todo o conhecimento espírita do mundo. Não temos e não teremos. As Federações não podem cumprir esse papel, pois não têm caráter normativo (e nem devem ter mesmo), estando sujeitas, como qualquer grupamento humano, a "correntes ideológicas" (inclusive não kardecistas) e as inefáveis paixões humanas, que as inviabilizam para tal papel. Cabe aos Espíritas abrirem mente e coração, inteligência e razão, análise e reflexão para o estudo de cada uma das novas obras, das novas proposições, dos novos paradigmas propostos, passando-as pelo "crivo" a que se referia Allan Kardec, analisando as provas, as evidências, a lógica e a razão e concluindo a respeito.

O que não se pode é simplesmente "negar", por não se achar que não está "de acordo" com as obras básicas. Não se pode tentar defender posições dogmáticas e excludentes, porque "...não está em Kardec...". Fazer isso é tomar a mesma atitude que levou a estagnação e fracasso da Religiões Tradicionais.

Negar a evolução, negar o avanço, negar as mudanças, negar a agregação de novos conhecimentos é, por si só, ir contra o que nos trouxe e deixou Allan Kardec. Essa atitude é a que realmente não encontra amparo nas Obras Básicas.

Para encerrar, fica aqui a recomendação para um estudo detalhado e minucioso da Introdução e dos Prolegômenos do Livro dos Espíritos, que infelizmente muitos "pulam" e se descuidam.

Evolução e Mudança andam juntas.

Graças a Deus na própria Doutrina Espírita.

Carlos Augusto Parchen




*** MENSAGEM AOS ESPÍRITAS

Assunto: Preservação dos Princípios Doutrinários
na Prática Espírita

"É indispensável manter o Espiritismo, qual foi entregue
pelos Mensageiros Divinos a Allan Kardec, sem compromissos políticos,
sem profissionalismo religioso, sem personalismos deprimentes, sem pruridos
de conquista a poderes terrestres transitórios
."

Bezerra de Menezes (Mensagem "Unificação",
psicografia de Francisco Cândido Xavier - Reformador, agosto 2001
)


*************


• Considerando que as idéias espíritas, tais como reencarnação, imortalidade, comunicação com os Espíritos e vida após a morte, têm sido alvo de interesse geral, propiciando à mídia a divulgação de filmes, teatro, livros e notícias de fatos ocorridos, que mostram, cada vez mais, a certeza dessas verdades que a Doutrina Espírita revela há 150 anos;


• Considerando que essa promoção é perfeitamente compatível com os propósitos do Movimento Espírita que é o de colocar ao alcance e a serviços de todos a mensagem consoladora e esclarecedora da Doutrina Espírita, dando sentido à vida e trazendo respostas às inquietações de muitos seres humanos com tendência ao suicídio, à violência, ao uso das drogas e à desagregação familiar;


• Considerando que, com a divulgação feita pela mídia, independentemente da ação do Movimento Espírita, é natural que um número cada vez maior de pessoas procure os núcleos espíritas, interessado em aprofundar-se no conhecimento dos ensinos doutrinários e em receber a assistência, o esclarecimento e a orientação de que necessita, bem como preparar-se para o trabalho voluntário, na assistência e promoção social, no atendimento aos que necessitam de amparo espiritual e em outras atividades;


• Considerando que esta circunstância oferece ao trabalhador espírita a oportunidade de intensificar o desenvolvimento de suas tarefas voltadas ao estudo, à difusão e à prática do Espiritismo, consciente de que a convicção do ser humano quanto à sua condição de Espírito imortal é fundamental para ajudá-lo a atravessar esta fase de transição em que nos encontramos, quando se prepara a Humanidade para ascender à condição de mundo de regeneração;


• Considerando que o Centro Espírita continua a ser o núcleo básico da difusão espírita, propiciando espaço para todas as atividades de atendimento e de estudo aos interessados em receber os benefícios da Doutrina Espírita, tal como foi revelada pelos Espíritos Superiores a Allan Kardec e nas obras que, seguindo suas diretrizes, lhe são complementares e subsidiárias,




O CONSELHO FEDERATIVO NACIONAL, EM SUA REUNIÃO DE 10 A 12 DE NOVEMBRO DE 2006, RECOMENDA:



1 - que os dirigentes e trabalhadores espíritas intensifiquem os seus esforços no sentido de colocar a Doutrina Espírita ao alcance e a serviços de todos os homens, divulgando os seus ensinos com o propósito de esclarecer fraternalmente, sem impor e sem pretender converter a quem quer que seja;


2 - que procuremos aprimorar, ampliar e multiplicar os núcleos espíritas, utilizando toda a sua potencialidade no atendimento às necessidades de assistência, de conhecimento, de estudo e de orientação que os seres humanos apresentam;


3 - que no desenvolvimento da tarefa de estudo, difusão e prática da Doutrina Espírita:


3.1 - estudemos constantemente a Doutrina Espírita, não só para o nosso próprio aprimoramento, como também, para manter o trabalho doutrinário dentro dos princípios espíritas, sem as influências nocivas de interpretações pessoais distorcidas;


3.2 - trabalhemos juntos e unamos os nossos esforços, impondo silêncio aos nossos ciúmes e às nossas discórdias, para não prejudicar e nem retardar a execução do trabalho, em qualquer área de atividade em que nos encontremos;


3.3 - mantenhamos o Espiritismo com a pureza doutrinária própria do Cristianismo nascente, sem incorporar à sua prática qualquer forma de ritual, de sacramento ou de idolatria, incompatível com os seus princípios. É lícito, justo e conveniente orarmos em benefício de alguém que nasce, de um casal que assume compromissos matrimoniais ou de alguém que retorna à vida espiritual. Não é lícito, todavia, sacramentarmos esses gestos, chamando-os de "batizado espírita", "casamento espírita" ou "funeral espírita", mesmo quando se apresentam sob aparente legalidade. As instituições que se classificam como espíritas, têm o dever decorrente de pautar a sua prática dentro dos princípios contidos nas obras básicas de Allan Kardec, que constituem a Codificação Espírita, e tem o direito constitucional de preservar a sua autonomia e liberdade de ação na execução desses princípios.
O Espiritismo não tem sacerdotes e nas atividades verdadeiramente espíritas a ninguém é dado o direito de consagrar atos ou fazer concessões, seja em nome de Deus, de Jesus, dos Espíritos Superiores ou da própria Doutrina Espírita;


3.4 - colaboremos com os órgãos públicos e com a sociedade em geral, em todas as suas ações marcadas pelos propósitos de solidariedade e de fraternidade, visando a assistência e a promoção material, social e espiritual do ser humano, preservando e praticando, todavia, a integridade dos princípios e objetivos doutrinários espíritas que caracterizam a instituição;


3.5 - relacionemo-nos com os representantes e seguidores de todos os segmentos religiosos, procurando construir a base de um convívio salutar, marcado pelo respeito recíproco e pela fraternidade, base fundamental para a construção de uma sociedade em que a multiplicidade de convicções sociais, filosóficas ou religiosas não seja impedimento para a coexistência fraterna.


Com isto estaremos vivenciando e preservando plenamente os princípios da Doutrina Espírita.



CFN - Brasília, 12 de novembro de 2006.

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

*** SER FELIZ


Vejam que mensagem linda recebi de uma amiga que recebeu de uma amiga... e que agora repasso para meus amigos...e assim, que SER FELIZ possa ir se espalhando....


Ser feliz não é ter um céu sem tempestades, caminhos sem acidentes, trabalhos sem fadigas, relacionamentos sem decepções.

Ser feliz é encontrar força no perdão, esperança nas batalhas,
segurança no palco do medo, amor nos desencontros.

Ser feliz não é apenas valorizar o sorriso, mas refletir sobre a tristeza. Não é apenas comemorar o sucesso, mas aprender lições nos fracassos.
Não é apenas ter júbilo nos aplausos, mas encontrar alegria no anonimato.

Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.
Ser feliz não é uma fatalidade do destino, mas uma conquista de quem sabe viajar para dentro do seu próprio ser.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e
se tornar autor da própria história.

É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de
encontrar um oásis no recôndito da sua alma.

É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.

Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.


É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um "não".
É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.

É beijar os filhos, curtir os pais e ter momentos poéticos
com os amigos, mesmo que eles nos magoem.

Ser feliz é deixar viver a criança livre,
alegre e simples que mora dentro de você.

É ter maturidade para falar: "Eu Errei".
É ter ousadia para dizer: "Me Perdoe".
É ter sensibilidade para confessar: "Eu Preciso De Você".
Ser feliz é ter a capacidade de dizer: "Eu Te Amo".

*** GRUPO EM CRISE

Habitualmente, quando as tarefas de uma equipe consagrada ao serviço do bem parecem devidamente estabilizadas a crise explode.
Desequilibra-se o clima das boas obras e a tempestade ruge.

Desentendem-se irmãos na sombra da discórdia quando mais necessária se faz a luz da harmonia. Edificações que se figuravam consolidadas apresentam brechas arrasadoras.
Todo o esquema das realizações em andamento se mostra superficialmente comprometido.
Afastam-se companheiros de posições importantes deixando claros difíceis de preencher.

Esses são os dias de exame, em que a ventania da crítica esbraveja em torno de nós, experimentando-nos a segurança da construção. E esses são, igualmente, os dias para a serenidade maior.
Diante deles nada de irritação, nem desânimo.
Reunirmo-nos mais estreitamente uns aos outros na fidelidade ao trabalho, a fim de conjurar perigos maiores, é o nosso dever.
Urge consertar a máquina de ação, como pudermos, dentro de todos os recursos lícitos, à maneira dos ferroviários que restauram a locomotiva descarrilada e, depois de colocá-la em condições de serviços nos trilhos justos, seguir para frente.
Nem acusações, nem lamentos.
Trabalhar com mais ardor, esquecendo o mal e relembrando o bem.
Restabelecer a união e avançar adiante. Compreender que as horas para a fé não são aquelas do Sol rutilando no firmamento azul, mas, precisamente, aquelas outras em que as nuvens despejam ameaças de algum lugar do céu.
Todos encontramos dificuldades no caminho em que transitamos.
Sempre que chamados a servir é forçoso recordar que estamos carregando encargos que a Divina Providência nos confiou, no bem de todos. E, cuidando de satisfazer os Desígnios de Deus, sejam quais forem os riscos e tropeços com que sejamos defrontados, estejamos convencidos de que Deus cuidará de nós.

(Francisco Cândido Xavier por Emmanuel. In: Segue-me!...)











*** O PODER DE UM BOATO

Você se lembra daquela velha brincadeira do "telefone sem fio"?

Forma-se uma fila de pessoas e conta-se algo no ouvido da primeira, de forma que as demais não ouçam.A primeira imediatamente repassa a mensagem à segunda, esta à terceira etc. A décima pessoa da fila diz em voz alta o que escutou e se compara com o que na verdade foi contado à primeira pessoa da fila; na maior parte das vezes: nada a ver.

É bem uma demonstração prática de como a informação pode ser distorcida, mesmo contra a vontade de seus transmissores, em função da cultura de cada um, da forma como compreendeu a mensagem, da tensão reinante, do ruído no ambiente, de distrações etc.


Lembrei disso ao receber esta “charge”, que não tem nada de engraçada... é sim, bastante triste e verdadeira!