segunda-feira, 20 de agosto de 2007

*** INTRIGA

Amiga íntima da perturbação, a intriga é enfermidade da alma que tem de ser combatida a qualquer esforço.

Sua ação perversa consegue manchar as mais puras esperanças e destruir as mais sólidas edificações do esforço nobre.

Insinua-se e se estabelece, apoiada na leviandade e normalmente, na ociosidade - que nela encontra excelente campo para a fermentação da sua virulência.

Com habilidade, converte palavras ingênuas em punhais afiados e altera fatos que se tornam tragédias,
com objetivos de denegrir e desvirtuar.

O intrigante, por viver estimulado pela peçonha que o envenena, compraz-se em desprezar, agredir, adulterar a verdade.

Tem sempre de que falar mal.

Julga os outros por si.

Transfere das suas próprias imperfeições, os complexos infelizes com que adorna os outros.

É fiscal relapso.

Não ama.

Cultiva a irritabilidade, porque se intoxica com o que vitaliza intimamente.

Agressivo, também sabe dissimular.

Rude, por temperamento rebelde, estima as cenas chocantes e faz-se vulgar.

Não se atemoriza ante o escândalo, até mesmo o estima.

Não se constrange em se apresentar como se nada houvesse acontecido.

Quem é verdadeiro, não dá guarida à intriga.

O cristão deve detestá-la.

O homem de bem não pode ser conivente com o intrigante.

O cristão não o escuta.

A
pessoa moralmente sadia repudia a intriga e não dá acesso ao intrigante.

O cristão interrompe o intrigante e não permite que a intriga influencie suas decisões.

Não te descuides.

A
intriga chega-te ao ouvido muitas vezes disfarçada como queixa, noutras situações assume a máscara de vítima com que te ilude.

Preserva o teu coração em paz, a fim de que vivas com alegria.

Coloca o sumo da verdade na ferida da intriga e ela cicatrizará.

Silencia as informações doentias que de forma alguma te ajudarão, mesmo que sejam verídicas, não permitindo que a palavra impiedosa do intrigante te arruíne interiormente.

O mal sempre faz mal a quem se conduz de forma infeliz.

Opera com Jesus onde estejas e esforça-te por identificar, apenas, o lado bom de todos e de todas as coisas que facilmente descobrirás, prosseguindo, tranqüilo e ditoso, no trabalho a que foste chamado e que executas com abnegação, conservando tua felicidade de servir sem te preocupares com as imperfeições alheias que te tragam ao conhecimento.

(Divaldo P. Franco por Joanna de Ângelis. In: Rumos libertadores)

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