Amiga íntima da perturbação, a intriga é enfermidade da alma que tem de ser combatida a qualquer esforço. Sua ação perversa consegue manchar as mais puras esperanças e destruir as mais sólidas edificações do esforço nobre. Insinua-se e se estabelece, apoiada na leviandade e normalmente, na ociosidade - que nela encontra excelente campo para a fermentação da sua virulência. Com habilidade, converte palavras ingênuas em punhais afiados e altera fatos que se tornam tragédias, com objetivos de denegrir e desvirtuar. O intrigante, por viver estimulado pela peçonha que o envenena, compraz-se em desprezar, agredir, adulterar a verdade. Tem sempre de que falar mal. Julga os outros por si. Transfere das suas próprias imperfeições, os complexos infelizes com que adorna os outros. É fiscal relapso. Não ama. Cultiva a irritabilidade, porque se intoxica com o que vitaliza intimamente. Agressivo, também sabe dissimular. Rude, por temperamento rebelde, estima as cenas chocantes e faz-se vulgar. Não se atemoriza ante o escândalo, até mesmo o estima. Não se constrange em se apresentar como se nada houvesse acontecido. Quem é verdadeiro, não dá guarida à intriga. O cristão deve detestá-la. O homem de bem não pode ser conivente com o intrigante. O cristão não o escuta. A pessoa moralmente sadia repudia a intriga e não dá acesso ao intrigante. O cristão interrompe o intrigante e não permite que a intriga influencie suas decisões. Não te descuides. A intriga chega-te ao ouvido muitas vezes disfarçada como queixa, noutras situações assume a máscara de vítima com que te ilude. Preserva o teu coração em paz, a fim de que vivas com alegria. Coloca o sumo da verdade na ferida da intriga e ela cicatrizará. Silencia as informações doentias que de forma alguma te ajudarão, mesmo que sejam verídicas, não permitindo que a palavra impiedosa do intrigante te arruíne interiormente. O mal sempre faz mal a quem se conduz de forma infeliz. Opera com Jesus onde estejas e esforça-te por identificar, apenas, o lado bom de todos e de todas as coisas que facilmente descobrirás, prosseguindo, tranqüilo e ditoso, no trabalho a que foste chamado e que executas com abnegação, conservando tua felicidade de servir sem te preocupares com as imperfeições alheias que te tragam ao conhecimento. (Divaldo P. Franco por Joanna de Ângelis. In: Rumos libertadores) | ||
segunda-feira, 20 de agosto de 2007
*** INTRIGA
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